ESPMEXENGBRAIND
19 ago 2025
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Fiscalização em Alagoas (FPI) retira de circulação produtos clandestinos de origem animal que ameaçavam a saúde pública e a segurança alimentar.
Queijo clandestino e leite irregular são barrados pela FPI.
Queijo clandestino e leite irregular são barrados pela FPI.

A Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do Rio São Francisco apreendeu 368 litros de leite e cerca de 40 quilos de queijo muçarela impróprios para consumo humano em Alagoas.

A ação ocorreu durante a 15ª etapa das atividades do programa e envolveu municípios do sertão alagoano, como Pão de Açúcar e Jacaré dos Homens.

De acordo com a equipe Produtos de Origem Animal da FPI, os alimentos estavam armazenados em laticínios irregulares e representavam sérios riscos à saúde da população.

Em Pão de Açúcar, os fiscais interditaram um estabelecimento que realizava o fracionamento de leite e comercializava produtos com rótulos e embalagens fora dos padrões exigidos pelos órgãos de defesa agropecuária.

Segundo a fiscalização, a manipulação e venda de produtos de origem animal sem inspeção adequada podem provocar doenças transmitidas por alimentos (DTAs).

“Essas ações são permanentes e visam proteger a saúde da população, o meio ambiente e a segurança alimentar em todo o estado”, afirmou George Gomes, coordenador da equipe Produtos de Origem Animal.

Produtos inutilizados e destino seguro

Todos os produtos apreendidos foram encaminhados ao Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Delmiro Gouveia, garantindo que não chegassem ao consumo da população.

Além do leite, em Jacaré dos Homens os fiscais encontraram 40 quilos de queijo muçarela produzidos em um laticínio clandestino, sem registro nos órgãos oficiais de inspeção e em condições sanitárias inadequadas.

No mesmo local, os agentes localizaram uma espingarda calibre 12 em posse do responsável pelo estabelecimento, sem documentação legal. A arma foi apreendida e o caso foi encaminhado à Polícia Civil para as providências cabíveis, de acordo com a legislação vigente.

Riscos do consumo de leite cru

A equipe técnica alerta que queijos produzidos com leite cru — sem pasteurização — oferecem riscos microbiológicos significativos. Entre as doenças transmitidas por esse tipo de produto estão salmonelose, listeriose, tuberculose, febre tifoide, campilobacteriose e difteria.

Os microrganismos responsáveis pelas DTAs podem estar presentes nas fezes e nas glândulas mamárias da vaca, além de serem transmitidos por condições precárias de higiene no estábulo e pela manipulação inadequada durante a ordenha.

“Essas bactérias podem prejudicar qualquer pessoa, mas são especialmente perigosas para pacientes imunossuprimidos, pessoas com doenças crônicas, idosos, crianças e gestantes”, explicou a equipe Produtos de Origem Animal.

Impactos ambientais e econômicos

Além dos riscos à saúde, a produção clandestina gera danos ambientais. Muitas vezes, os resíduos são despejados sem tratamento, contaminando recursos hídricos. Outro problema é a concorrência desleal com os produtores que operam dentro da legalidade.

Empresas regularizadas cumprem normas sanitárias, investem em inspeções e mantêm custos mais altos de produção. Já os produtos clandestinos, sem registro e com embalagens falsificadas, são vendidos a preços mais baixos, prejudicando o mercado formal.

Participação de órgãos oficiais

A equipe Produtos de Origem Animal da FPI é formada por profissionais da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Alagoas (CRMV/AL), do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A atuação integrada desses órgãos fortalece o combate às irregularidades na produção de leite e derivados, garantindo não apenas a proteção da saúde pública, mas também a preservação do meio ambiente e a segurança alimentar.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Cada Minuto

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