“Quem tem criança pequena sabe o quanto gasta com leite. Além de nutritivo, ele faz diferença no crescimento”, diz Cecília Pereira da Costa, mãe de uma menina de dois anos, de Lontra, no Norte de Minas. O depoimento dela reflete o impacto social do Programa Leite para a Primeira Infância, criado pelo Governo de Minas Gerais e já responsável por distribuir 400 mil litros de leite em apenas seis meses.
A ação, desenvolvida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) em parceria com o Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene), beneficia 16 mil famílias em situação de vulnerabilidade inscritas no CadÚnico. Cada mãe solo recebe três litros de leite por semana para crianças de dois a seis anos.
👶 Política pública que alimenta o futuro
O governador em exercício, Mateus Simões, define o programa como uma das iniciativas mais relevantes para a proteção da primeira infância.
“O Leite para a Primeira Infância é um exemplo de política pública eficiente, que une duas pontas fundamentais: o cuidado com as nossas crianças e o fortalecimento da economia local”, destacou.
Para Simões, garantir alimento de qualidade é investir no futuro do estado. Já a secretária de Desenvolvimento Social, Alê Portela, reforça o caráter transformador da ação.
“O programa vai além da assistência. Ele muda realidades, melhora a qualidade de vida da população e valoriza os pequenos produtores rurais”, afirmou.
🐄 Produção local e renda estável
Um dos pilares da iniciativa é justamente o fortalecimento da cadeia produtiva do leite, especialmente entre pequenos produtores familiares. O leite é adquirido exclusivamente deles e beneficiado em laticínios credenciados pelo Idene, que depois repassam o produto às prefeituras e, por fim, às famílias cadastradas.
O produtor Marcos Geovane Ferreira, de Riachão (Montes Claros), herdou do pai a produção há cinco anos e hoje fornece 300 litros mensais ao programa. Para ele, a previsibilidade do preço é o maior benefício.
“O valor de R$ 2,81 por litro é estável, não muda conforme o mercado. Isso ajuda muito, principalmente na seca, quando o custo com ração e pasto sobe”, explica.
Essa estabilidade, segundo o diretor-geral do Idene, Henrique Oliveira Carvalho, permite que produtores ampliem seu rebanho e melhorem a renda familiar.
“Ao comprar o leite dos pequenos produtores, o programa impulsiona o desenvolvimento regional e fortalece a economia do interior”, enfatiza Carvalho.
🌱 Um ciclo virtuoso: da fazenda à mesa
O Leite para a Primeira Infância é mais do que um programa alimentar — é um elo entre o campo e a cidade. Enquanto mães e crianças recebem um alimento essencial para o desenvolvimento saudável, centenas de pequenos produtores encontram mercado garantido e preço justo.
A política também tem efeito multiplicador: movimenta a indústria de laticínios, dinamiza o comércio local e reforça o papel estratégico do leite na economia mineira — uma das mais tradicionais do país.
💛 Alimentar, incluir, transformar
Com o programa, o Governo de Minas reafirma seu compromisso de combater a insegurança alimentar e reduzir desigualdades regionais. A iniciativa integra um conjunto mais amplo de políticas voltadas à primeira infância e à agricultura familiar.
Em um estado onde o leite é símbolo de identidade e sustento, ver o produto chegar à mesa de quem mais precisa é um gesto de solidariedade com raízes profundas.
“Garantir leite é garantir futuro. E em Minas, o futuro vem em garrafas de três litros por semana”, resume, emocionada, Cecília — que agora vê na nutrição da filha um reflexo de esperança coletiva.
*Escrito para o eDairyNews, com informações de Jornal da Cidade






