Mas, os desafios da pandemia não foram suficientes para prejudicar as atividades do campo e a expectativa neste final de entressafra do leite é que o preço fique mais interessante para aqueles que trabalham da porteira para dentro dos sítios.
“A produção aqui está em torno de 30 a 35 litros/dia. A situação do pasto hoje está complicada, principalmente com a estiagem. Mas, a gente tem feito um bom trato do gado e, no período de entressafra, há também o valor agregado no produto. Tenho 30 animais, oito estão em lactação e uma está para iniciar. Espero que a Cooperativa [Coopav – Cooperativa de Prestação de Serviços e Reforma Agrária do Vale do Ivinhema] faça uma boa negociação junto do laticínio”, explica o pequeno produtor Vanderlei Toebe.
MENORES RISCOS
Fundado em meados dos anos 2000, fruto do trabalho da reforma agrária, o Assentamento Teijin, em Nova Andradina, tem a pecuária de leite como uma das principais fontes de renda das famílias agrícolas que ali vivem. Mais do que apenas equipamento novos, os resfriadores são um sinônimo de maior vida útil do leite coletado e, consequentemente, menores riscos de perdas aos pequenos produtores.
“Se você tem onde guardar é possível organizar melhor o trabalho no sítio, ter tempo para a entrega do leite”, pontua o pequeno produtor Cícero, que sabe que os desafios são constantes, mas que valoriza cada conquista dentro da própria terra. “Cresci no meio rural com meus pais. O direito à terra veio com a reforma agrária. A vida no campo não é fácil, mas tem a parte boa e investimentos assim [como os resfriadores] vêm para melhorar, ajudar na lida”, finalizou.