Nos últimos anos, os benefícios do consumo de laticínios têm sido enfatizados e converteram-se em objeto de debate no âmbito da nutrição.
O que é innegable é que o leite e seus derivados são uma excelente fonte de calcio, um mineral importante para a saúde óssea, especialmente durante a infância e a adolescência.
Ademais, contribuem proteínas de alta qualidade, necessárias para o crescimento e o reparo dos tecidos.
De facto, um estudo da Fundação Espanhola de Nutrição recolhe que, dado seu valor nutricional, se recomenda uma ingestão diária de leite e derivados laticínios equivalente a 2 a 4 raciones de leite em função da idade e do estado fisiológico.
Descenso do consumo
Agora bem, a cada vez se toma menos. A evolução no consumo de leite e derivados experimentou uma diminuição de 8% a nível global entre o ano 2000 e 2008, e em Espanha o descenso nos últimos anos também é arguido, em parte pela introdução dos bebidas vegetais.
Por exemplo, um estudo publicado em 2022 em Molecular Nutrition and Food Research associava o consumo de leite inteiro com a deterioração cognitiva em pessoas maiores, e outras análises revelavam que poderia existir certa relação entre o consumo excessivo de lacticínios e uma maior probabilidade de padecer certos tipos de cancro, conquanto não eram estudos concluyentes.
Lacticínios baixos em gorduras
Com tudo, em 2019 o Conselho Geral de Colégios Oficiais de Dietistas-Nutricionistas publicou um documento no que recalcaba que, apesar da tendência atual a reduzir o consumo de lacticínios e a questionar seu papel na saúde, “as guias alimentares de países de nosso meio recomendam entre 2-3 raciones diárias e que sejam baixos em gordura, fazendo finca-pé na eleição de queijos pouco curados e magros”.
Agora, um estudo de Ikerfel para a interprofesional láctea (Inlac) reflete que os laticínios estão presentes no 98% dos lares espanhóis, mas só em 3 em cada 10 se toma a quantidade diária recomendada.
Leite e yogures
O estudo conclui também que, por categorias de produtos, se consome leite a diário em mais de 90%; yogures em 2 em cada 3; queijo na metade dos lares (45%); e postres lácteos em 1 em cada 3 (29%).
Quanto à imagem, o estudo de Ikerfel sugere que os laticínios têm uma percepção positiva e que a campanha de Inlac tem conseguido afianzarla e inclusive a fazer crescer nos parâmetros que vinculam lacticínios a confiança e qualidade.
Nova campanha
A diretora gerente de Inlac, Nuria María Arribas, tem qualificado de “histórica” a campanha Conta com os produtos lácteos europeus, que se desenvolveu durante três anos.
“Temos cumprido amplamente os objectivos que nos marcamos inicialmente e podemos nos sentir muito orgulhosos do conseguido e animados para seguir trabalhando na mesma linha”, tem sublinhado.