O mais importante evento feminino do setor discutiu tecnologias, inovação, gestão e sustentabilidade climática.
Fonte: Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio

Entre segunda-feira 25 e quarta-feira 27, o CNMA (Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio) aconteceu em formato digital pela segunda vez e chegou à sua sexta edição. Com a presença de nomes como Carla de Freitas, Carmen Perez, Teka Vendramini — presentes na Lista Forbes de 100 mulheres Poderosas do Agro — e outros 68 palestrantes, o evento contou com 2.500 participantes que interagiram em diversos painéis nos quais os temas principais ficaram em torno de tecnologias – entre elas a digitalização do campo –, gestão, inovação, sustentabilidade e, claro, a COP-26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima). O mais importante evento climático do ano acontece entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, um dos países que formam o Reino Unido, e que receberá um grande número de visitantes de todo o mundo, incluindo uma pesada delegação brasileira.

“A presidência do Reino Unido na COP26 está comprometida em atuar para colocar US$ 100 bilhões de financiamento na mesa para apoiar a transição verde nos territórios, além de estarmos engajados em conectar os investidores do setor privado aos programas para o desenvolvimento econômico verde”, disse na abertura do evento a ministra Melanie Hopkins, conselheira da embaixada do Reino Unido no Brasil. Segundo a ministra, outras metas do Reino Unido na conferência incluem adaptação, mitigação e colaboração. “Quando falamos de adaptação e mitigação, a agenda do uso de tecnologias de produção sustentáveis na revisão do plano de agricultura de baixo carbono são sinalizações muito importantes dos compromissos que o Brasil está fazendo. Esses compromissos dão amparo e contribuem diretamente para o alcance das metas nacionais de redução de emissão de gases poluentes.”

O evento foi marcado pela presença de grandes empresas do setor agropecuário para discussões importantes ao setor, entre elas gestão sustentável. “Hoje em dia não basta mais as empresas terem conformidade ambiental ou simplesmente fixarem metas de ecoeficiência das suas operações” disse Catharina Pires, diretora de assuntos corporativos para América Latina da Nutrien, empresa que vende no mundo cerca de de 25 milhões de toneladas de potássio, nitrogênio e fosfato. “ Precisamos inspirar a cadeia e ajudar o produtor rural a ser mais sustentável.”

Para Cristiani Vieira, gerente de sustentabilidade da Nestlé Brasil, que desde 2018 remunera os produtores de leite com as melhores práticas na gestão da água, é preciso estar perto da produção com apoio tecnológico. “Atualmente são 60 fazendas participando da medição e só com essa prática de olhar para o consumo de água, medir e saber como ela é usada na fazenda, tivemos mais de 19 milhões de litros de água economizados”, afirmou. Hoje, a Nestlé recebe leite de cerca de 10 mil produtores.
Tratar de inovação é fundamental para o avanço da agropecuária. Não por acaso, o congresso contou com uma série de variáveis e tecnologias consideradas disruptivas e que chamam a atenção das gestoras de fazendas, a maior parte do público do CNMA, porque apontam para um futuro sem volta. De acordo com Cesar Vieira, gerente-executivo e responsável de Agronegócio no DataLab, laboratório de dados do grupo Experian, o trabalho “mais urgente para atender os produtores rurais” é a ampliação da infraestrutura de telecomunicações no país.

Produtores de leite preveem aumento de 6% neste ano.

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