O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), palestra, nesta quinta-feira (11), na COP26, conferência sobre o clima da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada em Glasgow, na Escócia. Antes, o chefe do Executivo estadual concedeu entrevista exclusiva à repórter Edilene Lopes, da Rádio Itatiaia.
Zema comemorou a posição em que Minas Gerais chega à conferência, sendo o primeiro estado da América Latina a aderir ao “Race to Zero”, que se compromete a zerar a emissão de gases de efeito estufa até 2050. O objetivo é evitar aumento superior a 1,5 ºC na temperatura da terra.
Antes de chegar à Escócia, Zema cumpriu agenda de reuniões em Londres, na Inglaterra, com investidores e representantes do governo britânico. “Tivemos reuniões para mostrar que Minas é um estado atraente para o investidor. É um estado amigo de quem gera empregos e estamos de portas abertas para recebermos novas empresas e aquelas que já estão serem ampliadas”, afirmou.
O governador revelou que, entre os acordos feitos, a mineradora Anglo American acertou investimentos de R$ 4,4 bilhões na ampliação da atuação em Minas. “Não seria prudente falarmos daquilo que ainda não está 100% definido, mas, em breve, anunciaremos mais investimentos que são provenientes dessa viagem”, destacou.
“Deixamos muito claro também a nossa preocupação com a economia verde. Queremos que todo produto mineiro, nosso café, nosso aço, nossos laticínios, nossos automóveis sejam produzidos de maneira verde. Ou seja, de forma sustentável, sem causar poluição. Isso será obtido a médio e longo prazo. Mas as ações já estão sendo tomadas”, completou.
Imagem do Brasil no exterior
Zema avaliou que a imagem do Brasil com investidores do exterior é ruim, o que atrapalha a própria visão sobre o estado. “Quando se fala de Minas Gerais, geralmente se põe primeiramente Brasil. E a imagem do Brasil infelizmente não é aquela que precisaríamos ter no exterior. O Brasil tem sido mencionado de formas que não somam muito para o nosso país acaba afetando todos os estados”, alega.
O governador avalia ser preciso “bom trabalho de comunicação” para mostrar “que temos empresas responsáveis e governos responsáveis, que estão atentos para essas questões climáticas e estão fazendo um trabalho para que o desenvolvimento ocorra de forma sustentável”, afirmou.