Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, lançou nesta sexta-feira (19/7) o Projeto Gir Leiteiro.
Gado da raça Gir será usado de base para incentivar produção de leite na agricultura familiar — Foto: Divulgação/Francis Prado
Gado da raça Gir será usado de base para incentivar produção de leite na agricultura familiar — Foto: Divulgação/Francis Prado

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, lançou nesta sexta-feira (19/7) o Projeto Gir Leiteiro, que pretende fomentar a produção de leite pelos pequenos produtores e assentados da reforma agrária do país por meio do melhoramento genético da raça com a transferência de embriões.

No Plano Safra da Agricultura Familiar 24/25, o governo incluiu uma linha para o financiamento de genética animal, como a aquisição de embriões, com juros de 3% ao ano. Os pecuaristas também podem acessar os recursos para a recuperação de pastos, a aquisição de tanques de resfriamento de leite e máquinas ordenhadeiras.

Produção de leite deve aumentar – eDairyNews-BR

O projeto foi encabeçado por Evandro Guimarães, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL), ressaltou Teixeira. Outro parceiro importante foi o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), com quem as iniciativas serão implementadas inicialmente.

Mas o objetivo é expandir a ação para todo o país, disse o ministro. Ele não especificou o volume de produção que espera alcançar no projeto nem a nível nacional.

“Vamos começar aqui, mas queremos levar para todo o país. É um programa muito impetuoso para dar escala à produção leiteira na agricultura familiar”, pontuou. O ministro destacou que a escolha da raça Gir Leiteiro se deve à rusticidade e capacidade de adaptação dos animais aos ambientes de clima tropical, inclusive com as mudanças climáticas.

O ministro elencou seis vantagens da raça para expandir a produção nos assentamentos. A primeira é a alta produção de leite. “A criação desse gado pode ser altamente lucrativa para os assentados da reforma agrária”, disse. Na lista também está a facilidade de manejo, o alto valor genético, a resistência a doenças, a eficiência alimentar e a adaptabilidade a diversos ambientes.

“Essa raça é conhecida por resistir bem a climas quentes e úmidos, tornando-a ideal para regiões tropicais e subtropicais. O Gir Leiteiro também é reconhecido por sua capacidade de converter alimentos em leite de forma eficiente, isso significa que, em comparação com outras raças de gado, requer menos alimentação para produzir a mesma quantidade de leite”, apontou.

Essa eficiência alimentar, disse Teixeira, é um fator crucial para os assentados da reforma agrária, já que representa redução de custos.

Projeto

O projeto foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e as cooperativas Coopercampo, Cooperarca-ZM e Coapar. O lançamento foi realizado no Assentamento XV de Novembro em Euclides da Cunha Paulista (SP).

O projeto Gir Leiteiro vai atender, a princípio, as três cooperativas parceiras e três assentamentos da reforma agrária, sendo dois no interior de São Paulo (Pontal do Paranapanema e Andradina) e um na Zona da Mata em Minas Gerais. As famílias de produtores já receberam assistência técnica e organizaram as matrizes leiteiras.

Agora elas vão receber os embriões para o melhoramento genético. O projeto oferece formação para os técnicos veterinários locais.

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A vaca é um dos animais mais importantes na produção de alimentos, sendo responsável por um dos itens mais consumidos no mundo: o leite.

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