A pontuação da extremidade da teta fornece a Paul Virkler algumas informações valiosas sobre a experiência de ordenha de uma vaca leiteira.
“Em um prazo imediato, ela nos diz se a vaca está satisfeita com a maneira como foi ordenhada”, diz Virkler, DVM, Departamento de Medicina Populacional e Serviços de Diagnóstico da Universidade de Cornell, Ithaca, N.Y.
Além disso, a pontuação da extremidade da teta fornece a Virkler informações sobre se o processo de ordenha é prejudicial ao animal e o que precisa ser resolvido.
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“As alterações de curto prazo nas tetas podem prolongar o fechamento do canal da teta após a ordenha e tornar a vaca mais suscetível a doenças como a mastite ambiental”, diz ele. “Além disso, essas alterações de curto prazo podem levar a alterações de longo prazo ao longo do tempo, como a hiperqueratose.”
O processo de pontuação
Virkler usa as diretrizes fornecidas pelo Teat Club International (TCI) para o processo de pontuação. A TCI recomenda marcar um mínimo de 80 vacas ou 20% de um rebanho, se o rebanho for maior que 400.
“Certifique-se de avaliar uma amostra aleatória das vacas que estão sendo ordenhadas. Você quer animais em primeira lactação, vacas mais velhas, no meio da lactação, etc., uma boa representação do rebanho”, diz ele.
Fatores como dureza, mudanças de cor, inchaço e abrasões entram na avaliação, que deve ser feita imediatamente após a remoção da unidade de ordenha do animal.
Cada teta do úbere deve ser avaliada em uma escala de 1 a 4:
1 ou Normal – Seria uma teta lisa.
2 ou Ligeiro anel – Um leve anel é visível na teta, mas não há rachaduras ou frondes de queratina.
3 ou Áspera – A extremidade da teta apresenta um anel áspero com algumas rachaduras e frondes de queratina.
4 ou Muito áspera – A teta tem mais de 4 mm de ceratose áspera na extremidade da teta.
Quando fazer o escore
O Dr. Bill Koffman, do Dairyland Veterinary Service, Casco, Wisconsin, recomenda que o escore de um rebanho ordenhado seja feito trimestralmente.
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“Mudanças no clima, trabalhadores e equipamentos podem fazer com que a extremidade da teta mude”, diz ele. “(A pontuação) também deve ser feita uma ou duas semanas depois de terem sido feitas mudanças no sistema de ordenha, de terem sido alterados os procedimentos ou de ter sido treinada uma nova equipe. As pontuações devem ser salvas e comparadas com as que foram feitas anteriormente para se ter uma ideia de como o processo de ordenha está mudando”, acrescenta.
Koffman escreveu um artigo sobre a avaliação das extremidades das tetas, que está disponível aqui: https://bit.ly/3KWSDYn
Virkler diz que fica preocupado quando 20% dos animais de um rebanho têm extremidades de tetas com algum nível de dano.
“É preciso considerar o tipo de dano presente. Podemos aceitar alguns problemas de firmeza nas extremidades das tetas, por exemplo. Mas quando há lesões abertas – cortes e rachaduras nas tetas – o produtor precisa agir quando isso atinge 5% ou mais. Isso indica um problema no rebanho que precisa ser resolvido”, diz ele.
Embora a pontuação da extremidade da teta ajude a identificar a existência de um problema, o produtor e o veterinário ainda precisam investigar a origem.
Pode ser uma questão climática, um equipamento (pulsação ou vácuo) ou um problema de gerenciamento da ordenha que leve a um baixo fluxo de leite, ou alguma combinação de fatores.
“Podemos coletar os dados, mas o veterinário do rebanho é fundamental para interpretar os resultados e determinar que plano ou práticas de gerenciamento precisam ser implementados”, diz Virkler.
