Qual é o impacto do aumento dos preços dos laticínios no Brasil? A pergunta foi feita pelo MilkPoint, um site brasileiro de notícias especializado no setor de laticínios, em meados de agosto, quando o leite em pó estava em US$ 3.482 por tonelada.
Em 2 de outubro, data do último evento da Fonterra, o valor da matéria-prima estava em US$ 3.559 por tonelada (uma diferença de US$ 77).
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O fato é que o Brasil importa produtos lácteos, principalmente da Argentina e do Uruguai. Ambos os países têm cobrado historicamente acima do comércio internacional no âmbito do Mercosul “que impõe tarifas de quase 30% sobre as importações de fora do bloco”, diz a análise.
Mas essa situação está começando a mudar: o diferencial de preço entre os produtos lácteos do Mercosul e o mark-up internacional “diminuiu, refletindo aumentos nos leilões globais mais recentes, o que pode trazer maior concorrência de outros mercados para o Brasil, em relação às exportações do Mercosul”.
O valor do leite em pó integral no último evento da Fonterra (2 de outubro) foi de US$ 3.559 a tonelada, quando as compras brasileiras têm ficado entre US$ 3.600 e US$ 3.700.
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O aumento do preço internacional pode fazer com que os países fornecedores do Brasil (Argentina e Uruguai) procurem outros destinos, por exemplo, no Oriente Médio e na África, restringindo o volume que enviam ao Brasil, de modo que o Brasil teria menos oferta disponível para comprar.
PREÇOS EM 02/OUTUBRO E EXPORTAÇÕES URUGUAIAS.
Os valores do último evento Fonterra (02/10), para os principais produtos de exportação do Uruguai são: manteiga US$ 4.407 (-1,4% em relação ao leilão anterior); queijo Cheddar US$ 4.606 (+3,8%); leite em pó desnatado US$ 2.795 (-0,6%); e leite em pó integral US$ 3.559 (+3,0%).
EXPORTAÇÕES. O relatório do Uruguay XXI sobre as exportações de lácteos do Uruguai indica que nesse mês nosso país colocou no exterior produtos lácteos por US$ 71 milhões (7% a mais que no mesmo mês de 2023).
A Argélia se destacou como o principal destino, aumentando suas compras em 33%.
Além disso, a Argélia representa 36% do mercado total, seguida pelo Brasil (26% do total).
O leite em pó lidera as vendas externas, respondendo por 73% do total.
