A “febre do leite”, ou hipocalcemia bovina, é um desafio metabólico sério que afeta vacas leiteiras, principalmente nas primeiras 48 horas pós-parto. Esta condição provoca uma rápida queda nos níveis de cálcio no sangue, impactando severamente a saúde e a produtividade dos animais. Assista ao vídeo abaixo e confira.
O médico-veterinário Paulo Souto, doutor em ciência veterinária e coordenador de território da Boehringer Ingelheim para o Nordeste brasileiro, compartilha insights valiosos sobre como identificar, prevenir e tratar essa doença.
Causas e consequências da hipocalcemia bovina
A febre do leite ocorre devido à alta demanda de cálcio necessária para a produção de leite, o que pode sobrecarregar o metabolismo da vaca se não for balanceado adequadamente.
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Os efeitos dessa condição incluem uma redução drástica no consumo de matéria seca, enfraquecimento do metabolismo energético e um comprometimento significativo da imunidade dos animais.
Isso pode levar a uma série de problemas, como a diminuição da produção de leite e a maior suscetibilidade a infecções como mastite e metrite.
Diferentes manifestações da doença
A hipocalcemia se apresenta de duas formas: clínica e subclínica. A forma clínica é mais evidente, com sintomas como fraqueza muscular e coma, exigindo tratamento imediato com administração intravenosa de cálcio.
Prevenção e manejo eficaz
Para enfrentar a hipocalcemia, o Souto recomenda uma abordagem abrangente, focada tanto na prevenção pré-parto quanto no manejo pós-parto. Estrategicamente, as dietas aniônicas são recomendadas antes do parto para ajudar a regular os níveis de cálcio.
Após o parto, são essenciais a suplementação de cálcio e o monitoramento dos níveis sanguíneos, junto com o uso de medicamentos como o Metacam, um anti-inflamatório capaz de controlar a dor e a inflamação geradas pela condição.
Conclusão: monitoramento regular dos animais
Com a combinação das estratégias certas e o monitoramento regular, é possível mitigar os impactos da febre do leite, garantindo a saúde das vacas e a continuidade da produção de leite.
Os produtores de leite são encorajados a procurar assistência de veterinários qualificados e utilizar produtos adequados para garantir que a febre do leite não continue a ser um obstáculo para suas operações.