A captação de leite em Mato Grosso do Sul no mês de outubro deste ano fechou em 14,19 milhões de litros e ficou 4,7% menor que o registrado em outubro do ano passado.
No período de janeiro a outubro de 2024 a captação totalizou 138,9 milhões litros e foi 0,6% menor que o mesmo período de 2023 quando foram captados 139,8 milhões de litros de leite.
Por outro lado, na comparação de setembro e outubro deste ano, o leite adquirido e inspecionado em MS teve um aumento de 20,2%, saltando de 11,80 milhões de litros (setembro) para 14,19 milhões em outubro.
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A captação de leite em Mato Grosso do Sul em outubro de 2024 foi de 14,19 milhões de litros, representando uma queda de 4,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
No acumulado de janeiro a outubro, a captação totalizou 138,9 milhões de litros, uma redução de 0,6% em comparação com 2023. Apesar de um aumento de 20,2% na captação de setembro para outubro, o preço médio do leite recebido pelos produtores foi de R$ 2,38, inferior à média nacional de R$ 2,80.
O custo de produção aumentou em 3% devido à valorização do milho, e a cesta de produtos lácteos teve uma variação de 2,78% em outubro.
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O preço do leite captado em outubro foi de R$ 2,8065/litro, uma queda de 2,6% em relação ao mês anterior, mas 36,2% maior do que em outubro de 2023, refletindo a expectativa de aumento da oferta com a chegada das chuvas da primavera.
Foram levantadas informações de 1.270 produtores atendidos pela ATeG em Bovinocultura de Leite em MS, do Senar.
Desses, 59% comercializavam leite para indústrias e 41% produzem derivados lácteos. A média do preço do leite recebido por esses produtores foi de R$ 2,38, bem abaixo da “Média Brasil”, que ficou em R$ 2,80 o litro do leite pago ao produtor.
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Custo de produção aumenta
O resultado de outubro de 2024 comparado ao mês anterior piorou 3,0%. Porque houve valorização do preço médio da saca de milho que superou a alta no preço do leite. Em um ano, entretanto, a quantidade de leite necessária para adquirir a mistura (60 kg de milho e farelo de soja) reduziu 6,8%.
Cesta de lácteos valoriza
Segundo levantamento feito pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), em conjunto com a Sefaz-MS (Secretaria Estadual de Fazenda), o índice de preços para a cesta de produtos lácteos do MS como um todo teve uma variação de 2,78% no mês de outubro/2024 comparado ao mês imediatamente anterior.
O Índice do Leite monitora os principais produtos lácteos comercializados em Mato Grosso do Sul (leite spot, leite pasteurizado, leite UHT e mussarela), a partir dos preços às indústrias locais. Os índices, por sua vez, servem de referência para os atores de mercado.
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“Média Brasil”
Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em outubro fechou a R$ 2,8065/litro (“Média Brasil”), queda de 2,6% em relação ao mês anterior.
O valor, contudo, ainda é 36,2% maior que o registrado em outubro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de outubro).
A desvalorização do leite cru é explicada sobretudo pela expectativa de aumento da oferta. Sazonalmente, o retorno das chuvas da primavera eleva a disponibilidade e a qualidade de pastagens, contexto que favorece a produção de leite.
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Além disso, pesquisas do Cepea mostram que a demanda por insumos ligados à nutrição animal seguiu aquecida em outubro, o que têm mantido o ritmo de crescimento da oferta de leite cru.
Contudo, o atraso das chuvas em algumas regiões e o excesso em outras limitaram o crescimento da oferta em outubro, assim como o menor poder de compra do pecuarista nos últimos dois meses – já que os custos com nutrição animal seguem subindo.