Em Minas Gerais, retração foi de 3,14% em janeiro referente ao volume captado em dezembro; litro encerrou o mês cotado a R$ 2,64.
De acordo com Cepea, captação de leite aumentou em Minas Gerais. São Paulo e Bahia, porém, crescimento da oferta não foi hemogêneo entre as bacias leiteiras | Crédito: Reprodução AdobeStock
De acordo com Cepea, captação de leite aumentou em Minas Gerais. São Paulo e Bahia, porém, crescimento da oferta não foi hemogêneo entre as bacias leiteiras | Crédito: Reprodução AdobeStock

Por mais um mês, o preço médio do leite captado em Minas Gerais caiu. Em janeiro, a retração foi de 3,14% referente ao volume entregue em dezembro.

Assim, o litro de leite encerrou cotado a R$ 2,64. A retração se deve à continuidade da safra e consequente aumento na oferta. Para fevereiro, diante da estimativa de boa oferta do produto no campo, a tendência é que o valor fique praticamente estável, com pequena tendência de queda.

Conforme o Conselho Paritário entre Produtores de Leite e Indústrias de Laticínios de Minas Gerais (Conseleite-MG), o recuo ficará próximo a 0,5%.

De acordo com o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a queda vista em Minas Gerais também ocorreu na média nacional.

Produção de leite em Minas Gerais cresce

A pesquisadora do Cepea, Natália Grigol, destaca que a desvalorização no preço do leite cru é explicada, sobretudo, pelo aumento da oferta. Isso porque o retorno das chuvas elevou a disponibilidade e a qualidade de pastagens, contexto que favorece a produção.

“A progressão da safra e o consequente aumento sazonal da oferta no campo em dezembro influenciam o movimento de desvalorização do leite cru, que vem sendo observado desde outubro de 2024”, explicou a pesquisadora do Cepea.

Ainda conforme a Natália Grigol, a captação de leite aumentou em Minas Gerais, São Paulo e na Bahia. Porém, esse crescimento da oferta não foi homogêneo entre as bacias leiteiras. De acordo com o Índice de Captação de Leite (ICAP-L), na Média Brasil, a captação recuou 1,4%. A queda é resultado da menor produção nos estados do Sul do Brasil e em Goiás.

Com o aumento da oferta, segundo o Cepea, foi verificada elevação dos estoques de lácteos nas indústrias, o que tem pressionado as cotações dos derivados. Pesquisa do Cepea realizada com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) mostra que, houve queda de 3,16% nos preços do UHT, de 1,06% nos do leite em pó fracionado e de 0,69% nas cotações da muçarela.

Apesar disso, conforme o Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite (CILeite), os repasses de preços ao varejo continuam difíceis. Porém, a indústria segue buscando reajustes.

Para o pagamento de fevereiro, referente à produção de janeiro, a tendência é de que os preços fiquem praticamente estáveis, com pequena tendência de queda. Para Minas Gerais, a retração tende a ser de 0,5%.

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