A automação industrial, como destaca Júlio Alves, Diretor de Serviços Técnicos & Vendas para a América Latina da Sealed Air, proporciona um aumento significativo na eficiência, produtividade e confiabilidade das linhas de produção.
Automação na Embalagem de Queijos e Laticínios Benefícios e Desafios

A automação industrial, como destaca Júlio Alves, Diretor de Serviços Técnicos & Vendas para a América Latina da Sealed Air, proporciona um aumento significativo na eficiência, produtividade e confiabilidade das linhas de produção.

Ela permite que certos setores operem ininterruptamente, com o mínimo de tempo ocioso, alcançando uma produtividade superior de até 30%, conforme estudos da Federação Internacional de Robótica (IFR). No setor de alimentos, essa automação pode beneficiar tanto pequenos quanto grandes produtores, com destaque para a indústria de queijos e laticínios, onde o retorno sobre o investimento se torna mais rápido devido ao valor agregado dos produtos e aos impactos financeiros gerados por perdas de produção.

Eficiência e Redução de Perdas na Produção

Embora o custo com mão de obra no Brasil não seja tão expressivo quanto em países com maior nível de automação, como Estados Unidos e Europa, o setor nacional de queijos e laticínios já enfrenta desafios relacionados à escassez de trabalhadores. A introdução de tecnologia no processo de embalagem surge como uma solução eficaz para esses problemas. Um exemplo claro disso é a implementação de sistemas automatizados, como ensacadoras, indexadores automáticos e sistemas de vácuo rotativo. Em comparação com uma linha manual, onde são necessárias até 18 pessoas, uma linha automatizada pode operar com apenas cinco colaboradores, dois deles na linha de produção e os outros três na manutenção e suporte dos equipamentos.

Para ilustrar a eficiência da automação, consideremos uma linha manual para embalagem de muçarela de 4 kg. Em uma operação que exige 18 pessoas divididas em turnos, a taxa de produção é de 15 pacotes por minuto, totalizando 1,8 milhão de pacotes anualmente. No entanto, ao adotar equipamentos automatizados, como o ensacamento e o posicionamento do produto no sistema de vácuo, a produtividade pode ser significativamente aumentada, dependendo do nível de automação adotado. Em três cenários de automação, os ganhos podem variar de 70% a até 110% na produtividade, com reduções nas perdas que chegam a 63% em comparação ao processo manual.

Simplicidade no Processo de Implementação

A automação continua a crescer em empresas de diferentes portes e setores, conforme aponta o Índice de Automação de Empresas, da GS1 Brasil. Embora o processo de implementação da automação ainda gere receios entre produtores, especialmente devido à complexidade e ao custo de coordenar projetos com múltiplos fornecedores, atualmente é possível simplificar esse processo por meio da centralização em um único parceiro. Esse modelo de abordagem reduz significativamente os obstáculos, como a seleção de equipamentos, instalação e gestão de manutenção, permitindo que o retorno sobre o investimento seja alcançado em cerca de 24 meses.

 

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