A indústria alimentícia do Nordeste manteve-se robusta em 2024, com a liderança da Bahia em faturamento e exportações da região.
O estado baiano registrou R$41 bilhões em faturamento e exportou R$1,07 bilhões em produtos alimentícios, consolidando-se como a maior economia do setor no Nordeste. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).
Pernambuco ficou em segundo lugar, com R$30 bilhões em faturamento e R$481 milhões em exportações. O estado possui 1.200 empresas no setor e é responsável por 38,2% dos empregos da indústria de transformação da região, gerando 86.900 empregos diretos e 347.000 indiretos.
Este índice é superado apenas por Alagoas, que representa 74,3% dos postos de trabalho no setor.
Em exportações, o Ceará comercializou US$278 milhões (R$1,58 bilhão), ficando em terceiro lugar no Nordeste e em 13º no ranking nacional.
Apesar da estabilidade no faturamento, o número de empregos no setor cresceu 9% em comparação com 2023, quando foram registrados 47.000 postos.
No entanto, houve uma redução na aquisição de insumos da agropecuária local, que caiu de 63,5% para 52,5% do total utilizado na produção.
De acordo com Isaac Bley, presidente do Sindicato das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas do Ceará (SindiAlimentos Ceará), o estado desempenha um papel estratégico na indústria alimentícia.
“A importância da indústria se reflete no beneficiamento e processamento desses produtos, agregando valor e contribuindo para o desenvolvimento do agronegócio nessas regiões, gerando emprego, renda e arrecadação de impostos para o Estado”, considera.