ESPMEXENGBRAIND
7 abr 2025
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Dr. Manuel Viso alerta sobre o leite desnatado: menos calorias, mas com possíveis riscos. Será mesmo a melhor escolha para a sua saúde?
desnatado

Durante anos, priorizou-se o consumo de laticínios desnatados, especialmente leite ou iogurte desnatado, em comparação ao consumo de leite integral ou iogurte natural, com o objetivo ou a “desculpa” de perder peso.

Embora seja verdade que esses produtos desnatados têm baixo teor de gordura, o que por si só implica menor consumo calórico, as diferenças são pequenas e pouco relevantes no cálculo calórico total.

Como explicou recentemente o Dr. Manuel Viso em um de seus reels no Instagram, as coisas não seriam tão simples, e o simples fato de mudar para o consumo de leite desnatado não seria a melhor opção.

Na verdade, paradoxalmente, seria melhor manter o consumo de leite integral: é mais calórico, mas também tem maior potencial de saciedade.

Leite integral ou leite desnatado: estas são as diferenças

Viso começa seu último reel de forma direta: “Você ainda toma leite desnatado achando que assim vai emagrecer mais rápido? Pois tenho algo pra te contar: leite integral, copo de 200 ml, 130 kcal; leite desnatado, copo de 200 ml, 90 kcal. Apenas 40 kcal de diferença”.

Como vemos, são porcentagens muito baixas, embora ainda haja muitos que recomendam essa mudança com o objetivo de emagrecer, ou mesmo por seu suposto melhor perfil cardiovascular. Atualmente, graças às evidências mais recentes, sabemos que nem uma coisa nem outra são corretas.

Como pontua Viso, sim, o leite desnatado tem menos calorias, mas isso tem um “preço” a se pagar: se consumirmos leite desnatado, mas o acompanharmos de biscoitos, achocolatado e outras substâncias, essa mudança não faz sentido: “Isso sim não ajuda.

O leite integral, por outro lado, sacia muito mais, e sabe o que acontece quando vocês estão saciados? Vocês param de beliscar aquelas coisas que realmente somam calorias. Calorias vazias. Calorias que não nutrem. E além disso, o leite integral tem vitaminas lipossolúveis A, D, E, K, mais ômega-3 e melhor absorção de nutrientes”.

Por outro lado, é importante destacar que a recomendação de consumir um tipo de leite ou outro não deve ser generalizada como se fazia até agora, mas pode sim ser personalizada: se houver problemas gástricos ou patologias específicas, pode ser que o leite semidesnatado ou desnatado seja uma opção melhor, como nos casos de gastrites crônicas ou distúrbios de motilidade intestinal, nos quais os produtos com baixo teor de gordura são mais facilmente digeríveis.

Ou até mesmo substituir o leite de vaca pelo de cabra ou ovelha. Estes últimos são mais facilmente digeríveis por conterem proteínas diferentes, além do teor de gordura semelhante ao do leite de vaca.

Por fim, apesar de os guias clínicos nutricionais ainda insistirem na recomendação de consumir várias porções de laticínios por dia devido à sua riqueza em micronutrientes como o cálcio, é importante lembrar que esses não são produtos indispensáveis na alimentação.

Atualmente, temos uma ampla variedade de alimentos ricos em macro e micronutrientes, e os laticínios são apenas mais uma opção, adaptável a cada tipo de pessoa.

Não é necessário nem obrigatório que o consumo de cálcio venha do leite, existindo outros alimentos como peixes gordurosos, oleaginosas, sementes, espinafre ou bebida de soja, entre outras opções.

 

Traduzido e adaptado para eDairyNews🇧🇷

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