ESPMEXENGBRAIND
3 jul 2025
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3 jul 2025
🚨 Estado admite novos fiscais da Adagri para combater a produção clandestina e o comércio irregular de derivados do leite, que ameaçam a indústria formal e a segurança alimentar.
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Ceará, José Antunes Mota, elogiou a iniciativa.
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Ceará, José Antunes Mota, elogiou a iniciativa.

O Ceará enfrenta um desafio preocupante no setor lácteo: segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adagri), existem cerca de 2 mil queijarias ilegais operando, principalmente em municípios do interior.

Além disso, o contrabando de lácteos, como queijos e iogurtes de origem desconhecida, tem invadido os mercados e supermercados de Fortaleza, colocando em risco a saúde da população e prejudicando as empresas que atuam dentro da legalidade.

Para enfrentar esse cenário, o governador Elmano de Freitas anunciou a admissão imediata dos 120 aprovados no concurso público da Adagri. A medida foi comemorada por produtores formais e autoridades ligadas ao setor agropecuário.

“Com esse reforço no quadro de fiscais, teremos melhores condições de intensificar e tornar mais rigorosa a fiscalização de toda a cadeia de lácteos, especialmente dessas queijarias clandestinas”, afirmou o presidente da Adagri, Elmo Belchior Aguiar.

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Ceará, José Antunes Mota, também elogiou a iniciativa. “É uma decisão correta e urgente.

Com mais fiscais e o apoio da polícia, finalmente poderemos combater tanto as fábricas ilegais quanto o contrabando diário de derivados do leite que chegam a Fortaleza, principalmente vindos da região Norte do país”, declarou Mota.

O contrabando mais recorrente, segundo as autoridades, envolve a muçarela, muito usada por pizzarias e restaurantes. O produto chega escondido em ônibus, caminhões e carros de passeio, sem qualquer controle sanitário e sem o selo de fiscalização agropecuária.

Em ações de fiscalização nas estradas, a Polícia Rodoviária e as forças estaduais frequentemente apreendem grandes quantidades de queijos sem procedência e em condições sanitárias duvidosas.

Mas o problema vai além das queijarias clandestinas. Em supermercados da capital cearense, circulam produtos que simulam derivados lácteos, mas que na prática não são o que aparentam.

Casos de iogurtes e cremes de leite falsificados ou adulterados preocupam os consumidores. Há também falsificações de marcas tradicionais cearenses, produzidas ilegalmente tanto no interior do estado quanto em outras regiões, sendo vendidas livremente no comércio local.

Diante desse cenário, a chegada dos novos fiscais é vista como essencial para proteger o setor produtivo formal e garantir a segurança alimentar.

“A agropecuária cearense vem crescendo acima das expectativas e isso exige uma fiscalização mais presente e eficiente”, destacou Sílvio Carlos Ribeiro, secretário executivo do Agronegócio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).

Vale lembrar que o Ceará conquistou, junto aos demais estados brasileiros, o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, um avanço que reforça a importância do controle sanitário e da defesa agropecuária.

Para o presidente da Adagri, o novo time de fiscais representa um salto de qualidade no combate às irregularidades e no fortalecimento do setor lácteo cearense.

Com o aumento da fiscalização e a atuação integrada entre Adagri, polícia e órgãos de controle, a expectativa é reduzir drasticamente a produção clandestina e o contrabando de lácteos no Ceará, protegendo o consumidor e valorizando quem produz dentro da lei.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Diário do Nordeste

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