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30 jul 2025
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A Danone aposta em cortes graduais de açúcar sem adoçantes, aliando saúde, sustentabilidade e desempenho financeiro até 2030.
Leia mais: (Redução de açúcar em produtos precisa ser sustentável, diz CEO da Danone Brasil) https://www.bloomberglinea.com.br/negocios/reducao-de-acucar-em-produtos-precisa-ser-sustentavel-diz-ceo-da-danone-brasil/
Leia mais: (Redução de açúcar em produtos precisa ser sustentável, diz CEO da Danone Brasil) https://www.bloomberglinea.com.br/negocios/reducao-de-acucar-em-produtos-precisa-ser-sustentavel-diz-ceo-da-danone-brasil/

A redução de açúcar nos produtos infantis é um dos principais compromissos da Danone Brasil para alcançar suas metas de sustentabilidade até 2030.

O CEO Tiago Santos afirmou que o processo deve ser gradual e sustentável, tanto para atender à saúde pública quanto para garantir a viabilidade financeira da empresa.

Em entrevista à Bloomberg Línea, o executivo destacou que alterar de forma brusca o sabor pode comprometer a aceitação do consumidor, especialmente das crianças.

“Se muda muito o sabor de uma vez, a criança não come, a mãe deixa de comprar e o plano deixa de ser sustentável como negócio”, afirmou Santos.

Ele também rechaçou o uso de adoçantes como solução: “Seria uma falácia, pois mantém o gosto pelo açúcar e não muda o comportamento alimentar”.

Plano de metas até 2030

O programa global da Danone, chamado Jornada de Impacto, busca reduzir o teor de açúcar em produtos infantis, diminuir emissões de gases de efeito estufa e ampliar a igualdade de gênero.

No Brasil, o iogurte Danoninho já teve o teor de açúcar reduzido para 10%, 45% menos que o principal concorrente.

Outro pilar do plano envolve o programa Flora, que promove agricultura regenerativa e bem-estar animal, oferecendo assistência técnica e financeira a produtores de leite.

Mais da metade do leite usado pela Danone no Brasil já vem de fornecedores que seguem essas práticas, o que contribui para a redução de metano e CO2.

Desafios no mercado brasileiro

O cenário brasileiro torna o desafio ainda maior. Entre 2023 e 2024, cerca de 15% dos produtores de leite deixaram a atividade, enquanto 68% da população está acima do peso, segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2025.

“É preciso criar resiliência no P&L para sustentar programas de longo prazo”, ressaltou o CEO.

ESG, tecnologia e certificação B

Santos reafirmou que a Danone mantém seus compromissos ESG mesmo diante de questionamentos globais.

No Brasil, 51% dos cargos de liderança já são ocupados por mulheres, com remuneração média 2% superior à dos homens.

A empresa também investe em requalificação de colaboradores e adoção de inteligência artificial para melhorar eficiência.

Essas iniciativas garantiram à Danone Brasil a renovação da certificação B Corp, que exige comprovação de impacto social e ambiental real. “Não é um checklist.

É transformação de gestão para gerar impacto e resiliência no negócio”, destacou Santos.

Perspectivas

Para o CEO, sustentabilidade e performance caminham juntas: “Performance sem sustentabilidade não tem futuro; sustentabilidade sem performance não tem impacto”.

A Danone segue avançando mais rápido que o previsto rumo a suas metas para 2030, reforçando seu posicionamento como líder no setor de alimentos saudáveis e responsáveis.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Bloomberg

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