ESPMEXENGBRAIND
11 ago 2025
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11 ago 2025
USDA aponta recuperação da produção láctea na América do Sul, estabilidade na União Europeia e desafios climáticos na Oceania.
No periparto, as vacas leiteiras enfrentam o balanço energético negativo (BEN), um déficit de energia que ocorre devido à alta demanda de produção de leite e colostro.

A produção de leite apresenta cenários distintos entre continentes, segundo análise da Fedeleche com base nos dados do USDA de 18 de julho a 1º de agosto de 2025.

Enquanto a América do Sul registra crescimento robusto, a União Europeia mantém preços acima da média e a Oceania enfrenta pressão de custos e clima adverso.

Oceania: Na Austrália, a seca persiste como ameaça à produtividade, somada ao aumento expressivo de custos de insumos como eletricidade, combustíveis e fertilizantes — este último afetado pela instabilidade geopolítica no Oriente Médio.

A urea segue com preços elevados, pressionando os produtores, que pedem reajustes no valor pago pelo leite na fazenda.

Na Nova Zelândia, o início da temporada 2025/2026 trouxe bons resultados: em junho de 2025, a produção subiu 14,6% frente ao mesmo mês do ciclo anterior, e os sólidos lácteos avançaram 17,8%.

Europa: A União Europeia divulgou relatório com perspectivas de curto prazo indicando que, mesmo com redução no tamanho do rebanho, a produção de leite deve crescer levemente este ano. Os preços seguem acima da média de cinco anos, sustentados pela forte demanda no varejo e no food service.

No Reino Unido, o AHDB projeta que a produção aumente 0,7% entre 2025 e 2034, apesar da queda estimada de 17% no número de produtores e 8% no rebanho.

A volatilidade de preços, a escassez de mão de obra e o risco de doenças permanecem como pontos críticos para o setor.

América do Sul: O cenário é de recuperação. As temperaturas de inverno mais amenas melhoraram o conforto animal e, junto aos preços mais baixos das rações, ampliaram as margens dos produtores.

Fontes do setor indicam aumento nos volumes de maio de 2025, com destaque para a Argentina, onde a produção cresceu em dois dígitos tanto na comparação mensal quanto no acumulado do ano.

Além disso, o preço pago ao produtor argentino em junho superou o de maio, sinalizando um mercado interno mais firme.

A leitura do USDA reforça que a produção global de leite é cada vez mais impactada por fatores externos — do clima à geopolítica — e que cada região segue seu próprio ritmo de reação e adaptação.

Para importadores e exportadores, compreender essas nuances é essencial para planejar estratégias comerciais e antecipar movimentos de preços no mercado internacional.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de seu Content Partner Fedeleche

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