As exportações lácteas do Chile registraram um aumento de 15,3% no acumulado de janeiro a junho de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024, segundo dados do Boletín de Comercio Exterior de Productos Lácteos elaborados pela Oficina de Estudios y Políticas Agrarias (Odepa) e divulgados pela Federación Nacional de Productores de Leche (Fedeleche).
De acordo com as estatísticas oficiais, o valor total exportado alcançou US$ 152,2 milhões, o que representa um acréscimo de US$ 20,2 milhões frente ao primeiro semestre do ano passado. O avanço foi sustentado pelo crescimento da demanda em mercados estratégicos como Estados Unidos, México, Brasil e Peru.
Principais destinos
Os Estados Unidos seguem na liderança como destino dos produtos lácteos chilenos, respondendo por 21,5% das exportações totais. As vendas para o mercado norte-americano somaram US$ 32,8 milhões, resultado que marca um aumento de 11,3% em relação a 2024.
O México manteve a segunda colocação, com participação de 20,0% e embarques que totalizaram US$ 30,5 milhões no semestre.
O Brasil teve desempenho expressivo, subindo para a terceira posição no ranking. As compras brasileiras atingiram US$ 22,2 milhões, correspondendo a 14,6% do total exportado e registrando um salto de 160,4% frente ao mesmo período do ano anterior.
Em quarto lugar, o Peru respondeu por 8,1% das exportações chilenas, com US$ 12,4 milhões em vendas — um crescimento de 25,6% na comparação anual.
Já a Colômbia teve queda de 19,0%, ficando com participação de 7,1% e movimentando US$ 10,8 milhões no período.
Produtos mais exportados
A leite condensado liderou as exportações chilenas no semestre, com participação de 26,9% sobre o total e valor de US$ 41,0 milhões, alta de 25,2% frente ao ano anterior.
A leite em pó foi responsável por 25,3% das vendas externas, com embarques que somaram US$ 38,5 milhões — crescimento significativo de 108,1% na comparação anual.
O queijo ocupou a terceira posição, representando 16,7% das exportações e somando US$ 25,2 milhões, avanço de 32,7% em relação ao mesmo período de 2024.
Cenário do setor
Segundo a Odepa e a Fedeleche, os números refletem a competitividade da indústria láctea chilena no mercado internacional, com destaque para a diversificação de destinos e o aumento da presença nos principais compradores da região e da América do Norte.
Embora o desempenho seja positivo em termos de valor, a entidade reforça que o setor precisa continuar investindo em tecnologia, qualidade e acesso a mercados para manter o ritmo de crescimento, especialmente diante de eventuais mudanças nas políticas comerciais e na demanda global.
*Adaptado para eDairyNews, com informações de seu Content Partner Fedeleche