ESPMEXENGBRAIND
22 ago 2025
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🐄 Produtores de Paraí aumentaram a produção para 5.500 litros/dia com dois robôs de ordenha.
🌱 Ordenha robotizada traz eficiência, bem-estar animal e mais tempo para a família Nólio.
🌱 Ordenha robotizada traz eficiência, bem-estar animal e mais tempo para a família Nólio.

A ordenha robotizada completou uma década de operação na propriedade Tambo Nólio, localizada em Paraí, Rio Grande do Sul, marcando um marco importante para a inovação na pecuária leiteira do estado.

Associada à Cooperativa Santa Clara há 40 anos, a família Nólio segue como referência em tecnologia e sucessão familiar no setor, agora com a terceira geração à frente dos negócios.

O primeiro robô de ordenha foi instalado em 2015, com capacidade para retirar até 2 mil litros de leite por dia. Graças aos resultados positivos, três anos depois foi adquirido um segundo equipamento, elevando a produção diária para 5.500 litros. Segundo Ezequiel Nólio, filho do associado Pedro Nólio, a mudança trouxe ganhos significativos:

“Ganhamos meio turno para nos dedicarmos a outras atividades, gerir o negócio e também aproveitar mais tempo com a família.

O robô trouxe praticidade, geração de dados, gráficos e relatórios que ajudam na tomada de decisão. Assim conseguimos identificar quais animais permanecem na propriedade e quais não atendem às nossas necessidades.”

O sistema opera 24 horas por dia, reconhecendo cada animal por meio de sensores, higienizando e realizando a ordenha de forma automatizada.

Além de otimizar a rotina, também monitora a qualidade do leite, descartando o que não está apto para industrialização. Nesse modelo, é a vaca que decide o momento de ser ordenhada, garantindo mais bem-estar animal.

A trajetória da família Nólio na atividade leiteira começou em 1968, quando os avós Guerino e Terezinha possuíam apenas uma vaca para consumo próprio.

Dez anos depois, os pais de Ezequiel receberam como presente de casamento uma vaca e uma máquina de costura — um gesto simples que deu origem a um negócio próspero.

Com o tempo, o leite passou a ser comercializado, a mão de obra familiar cresceu e a propriedade se manteve no mesmo local, agora com um plantel de 303 animais, sendo 117 vacas em ordenha.

Desde 1985, a família integra o quadro de associados da Cooperativa Santa Clara, com sede em Carlos Barbosa. A cooperativa capta leite em 153 municípios gaúchos e reúne quase 5 mil associados, sendo 2.400 produtores ativos.

Atualmente, 27 propriedades utilizam robôs de ordenha, muitas delas com mais de um equipamento instalado. Segundo informações da própria cooperativa, o uso da tecnologia ainda é limitado pelo alto custo de implantação e pela necessidade de rebanhos maiores, mas vem ganhando espaço gradualmente.

“A evolução da propriedade comprova que o investimento valeu a pena. Após a instalação do primeiro robô, adquirimos o segundo equipamento, além de tecnologias como amamentador de bezerras e aproximador de alimento na praça de alimentação.

Todos os desafios do início foram superados, e hoje celebramos não apenas o sucesso do primeiro robô, mas também os ganhos que a chegada do segundo trouxe para a propriedade”, destaca Ezequiel.

Além da ordenha automatizada, o sistema coleta dados fundamentais para a gestão, como produtividade individual, frequência de ordenhas e parâmetros de saúde do rebanho.

Essa digitalização contribui para decisões mais assertivas e uma visão de longo prazo para a pecuária leiteira, que enfrenta desafios crescentes de competitividade e necessidade de eficiência.

O caso da Tambo Nólio é um exemplo de como a tecnologia pode transformar a rotina no campo, tornando-a mais sustentável, produtiva e atraente para as novas gerações.

Em um estado que concentra importante fatia da produção láctea brasileira, a aposta na ordenha robotizada pode representar um diferencial competitivo, desde que acompanhada de apoio técnico, acesso a crédito e políticas que incentivem a inovação.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Corréio do Povo

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