ESPMEXENGBRAIND
9 set 2025
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Os preços dos alimentos ficaram praticamente estáveis em agosto, com alta em óleos e carnes e queda nos laticínios e cereais, segundo a FAO.
Preços dos alimentos se mantêm estáveis em agosto, aponta FAO 📊
Preços dos alimentos se mantêm estáveis em agosto, aponta FAO 📊

Os preços dos alimentos no mercado internacional registraram estabilidade em agosto, com variações moderadas entre os principais grupos de produtos.

De acordo com o último relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), divulgado nesta quinta-feira (5), o índice que acompanha a média de preços globais atingiu 130,1 pontos, ligeiramente acima do nível revisado de julho (130 pontos), e 6,9% superior ao registrado no mesmo mês de 2024.

Apesar do leve aumento mensal, o indicador permanece 18,8% abaixo do pico de março de 2022, alcançado após a invasão da Ucrânia pela Rússia, que impactou fortemente a oferta de grãos e óleos no mercado global.

Segundo a FAO, as altas nos preços dos óleos vegetais (+1,4%) e das carnes (+0,6%) foram compensadas pelas quedas nos cereais (-0,8%) e nos laticínios (-1,3%), resultando em um equilíbrio no índice geral.

Óleos vegetais: demanda aquecida e oferta restrita

O segmento de óleos vegetais apresentou aumento puxado principalmente pela maior demanda por óleo de palma, somada à redução da oferta de óleos de girassol e canola na região do Mar Negro e na Europa. Em contrapartida, os preços do óleo de soja caíram, reflexo das expectativas de ampla oferta na safra 2025/26.

Carnes: bovina em alta, aves em queda

Os preços da carne subiram impulsionados pela forte demanda por carne bovina nos Estados Unidos e pela oferta restrita de ovinos para exportação na Oceania.

Segundo a FAO, os produtores da região têm direcionado seus embarques para mercados mais lucrativos, como os EUA e o Reino Unido. Já a carne suína manteve estabilidade, com equilíbrio entre oferta e demanda globais, enquanto a carne de aves apresentou queda, pressionada pelas exportações abundantes do Brasil.

Cereais: trigo e sorgo pressionam índice

No grupo dos cereais, houve recuo de 0,8% em agosto. As quedas nos preços do trigo e do sorgo superaram os aumentos registrados no milho e na cevada. A FAO aponta que os fatores climáticos e as expectativas de safra têm influenciado diretamente a volatilidade neste segmento.

Laticínios: menor demanda asiática afeta preços

O mercado de laticínios registrou queda de 1,3%, com reduções nos preços da manteiga, do queijo e do leite em pó integral. A FAO atribui esse movimento à menor demanda de importação dos principais mercados asiáticos, que vem impactando diretamente os embarques globais e mantendo os preços sob pressão.

Açúcar: leve reação após meses de queda

Após cinco meses consecutivos de recuo, o açúcar subiu 0,2% em agosto, influenciado por preocupações com a produção no Brasil e pelo aumento da demanda global de importação. Contudo, as perspectivas de safras mais robustas na Índia e na Tailândia ajudaram a conter altas mais expressivas.

O desempenho dos preços dos alimentos em agosto reflete um equilíbrio frágil entre os diferentes segmentos, evidenciando como as demandas regionais, os fluxos de exportação e os fatores climáticos continuam a moldar o mercado global.

Para os países exportadores de laticínios, como Brasil, Argentina e Uruguai, a retração dos preços nesse segmento levanta preocupações sobre a competitividade internacional e as margens de negociação, especialmente diante de um cenário de demanda asiática mais moderada.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Globo Rural

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