ESPMEXENGBRAIND
16 set 2025
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Queijos do Brasil conquistaram 58 medalhas na França, sendo 10 de ouro, no Mondial du Fromage, considerado a Copa do Mundo do Queijo.
Em meio a quase 2 mil produtos avaliados, o Brasil levou 10 medalhas de ouro na França, consolidando-se no pódio mundial dos queijos.
Em meio a quase 2 mil produtos avaliados, o Brasil levou 10 medalhas de ouro na França, consolidando-se no pódio mundial dos queijos.

Os queijos do Brasil ganharam protagonismo internacional ao conquistar 10 medalhas de ouro no Mondial du Fromage, realizado em Tours, na França, entre os dias 13 e 15 de setembro de 2025.

O evento, considerado a “Copa do Mundo do Queijo”, reuniu quase 2 mil produtos de 26 países e é um dos mais prestigiados concursos do setor lácteo mundial, conforme destacou reportagem da Globo Rural.

Além dos 10 ouros, o país também foi premiado com 18 medalhas de prata e 30 de bronze, somando 58 no total. Entre os produtos brasileiros que se destacaram, estão queijos artesanais de diferentes regiões, além de um iogurte natural e um requeijão, que também subiram ao pódio.

Destaques da competição

De acordo com a organização do Mondial du Fromage, apenas os produtos que ultrapassaram a nota de 90 pontos receberam medalhas de ouro. O rigor da avaliação levou em conta critérios como visual, textura, sabor e aroma.

Um dos grandes destaques foi a Estância Silvania, de Caçapava (SP), que conquistou três medalhas de ouro: com o Queijo Real Silvania, o Queijo Dom Silvania e o Néctar Silvania, este último um iogurte natural. Para a produtora Camila Almeida, a conquista foi motivo de orgulho coletivo.

“É uma felicidade imensa participar de um campeonato na França, o país dos queijos, e ter a oportunidade de representar o Brasil, que é gigante, e também os pequenos produtores. Só recebeu ouro quem tirou acima de 90 pontos. Então, receber ouro é maravilhoso. Não é um prêmio só meu, é coletivo”, afirmou Camila, em entrevista à Globo Rural.

A Estância Silvania cria apenas gado da raça Gir Leiteiro, originária da Índia e muito presente em bacias leiteiras de Minas Gerais, Goiás e São Paulo, segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Seus produtos são elaborados com leite A2, considerado de melhor digestibilidade.

O reconhecimento internacional

O concurso na França reforça a ascensão do Brasil no cenário global de lácteos. Dos 300 produtos nacionais inscritos, 58 voltaram premiados. O resultado coloca o país lado a lado com nações de tradição centenária em queijos, como a própria França, Itália e Suíça.

Entre os medalhistas de ouro brasileiros estão:

  • Queijo Fazenda Santo Antônio (Fazenda Santo Antônio – MG)
  • Queijo Benzinho (Queijaria Bela Fazenda – SP)
  • Queijo Camponês Carrara (Capril Rancho das Vertentes – MG)
  • Queijo Abaporu (Biopark – PR)
  • Queijo Real Silvania (Estância Silvania – SP)
  • Queijo Dom Silvania (Estância Silvania – SP)
  • Queijo Passionata (Biopark – PR)
  • Queijo Maturado com Café (Queijaria D’Lourdes – AM)
  • Néctar Silvania – Iogurte Natural (Estância Silvania – SP)
  • Requeijão Cremoso (Laticínios São João – MG)

Próxima etapa: o “super ouro”

Apesar do anúncio das medalhas de ouro, prata e bronze, a competição ainda não terminou. Nesta terça-feira, 16 de setembro, será divulgada a lista dos 15 produtos “super ouro”, aqueles que obtiveram as melhores notas absolutas entre todos os avaliados. O Brasil espera figurar também nesse ranking de elite.

Impacto para o setor

O resultado no Mondial du Fromage tem importância simbólica e econômica. Para os pequenos e médios produtores, representa validação internacional da qualidade dos seus produtos.

Para o mercado interno, abre portas para maior valorização do queijo artesanal brasileiro, segmento em expansão que combina tradição regional e inovação tecnológica.

Além disso, a conquista reforça o Brasil como um polo emergente de lácteos diferenciados, alinhado às tendências de consumo mundial que valorizam produtos artesanais, de terroir e com apelo de origem.

Orgulho nacional

Os produtores celebram não apenas as medalhas, mas o reconhecimento da diversidade do queijo brasileiro. Do Canastra mineiro ao maturado com café do Amazonas, a variedade de sabores mostra a amplitude do país em sua produção láctea.

O Mondial du Fromage, ao coroar queijos, iogurtes e requeijões do Brasil, confirma o espaço conquistado pela produção nacional na mesa dos jurados franceses – e, cada vez mais, nos mercados internacionais.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Globo Rural

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