Eu estava na fila do Starbucks, esperando por um latte de baunilha para me confortar, e de repente… Val! Atrás do balcão, alguém gritou meu nome, sorrindo, com um copo enorme, fresco e espumante, que parecia inocente… mas escondia um arsenal de proteínas lácteas.
Não, eu não estava sonhando: é o novo Protein Cold Foam da Starbucks, que acaba de chegar ao mercado e está colocando a indústria de laticínios no mapa das tendências como nunca antes.
Esta não é apenas uma foto minha tomando um batido. É mais um capítulo na história de como o leite está se reinventando como ingrediente estrela do consumo global.
O truque por trás da espuma
O segredo desta nova proposta da Starbucks não está na baunilha, no chocolate ou no caramelo salgado… eles são apenas um doce disfarce.
O protagonista é o whey protein isolate, um isolado de proteína de soro de leite extraído diretamente do leite de vaca.
Por que ele é tão especial? Porque é uma proteína completa: tem todos os aminoácidos essenciais que seu organismo precisa para formar e reparar os músculos.
Em um Protein Latte de 16 oz, você ingere de 27 a 36 gramas de proteína – e no Cold Foam, você adiciona cerca de 15 a 26 gramas extras sem alterar o sabor, sem texturas “gizosas” ou arenosas e misturado com leite 2% para mais cremosidade.
De resíduo a must-have no seu feed do Instagram
O soro de leite é obtido no processo de fabricação de queijos. Antes era jogado fora, era um resíduo. Depois, tornou-se um suplemento para quem frequentava a academia e, hoje, é espumado e postado.
Em 2024, o mercado global de ingredientes lácteos, que inclui o soro de leite, atingiu US$ 63,5 bilhões, e para 2025 espera-se um crescimento de 6,3% ao ano, impulsionado por líderes de tendências como a Starbucks, que o serve em copos de papel, instagramáveis.
2025, o Ano do Leite Funcional: Tendências que você não pode ignorar
A Starbucks não inventou a roda — nem a vaca — mas acelerou uma revolução láctea que já estava em andamento.
Diz-se que, em 2025, a indústria leiteira poderá oferecer um ligeiro aumento na oferta — o USDA estima + 0,5 % nos EUA — graças a vacas mais produtivas e melhorias no manejo.
Mas o “segredo” está nos produtos funcionais: bebidas e alimentos enriquecidos com proteínas que atendem a um consumidor obcecado com a saúde pós-pandemia.
👉 O boom da nutrição esportiva:
O mercado de isolado de proteína de soro de leite (WPI) explode na América Latina e na Ásia, com a China e a Índia liderando a demanda.
Para a América Latina, um mundo onde os consumidores buscam cada vez mais opções “verdes e saudáveis”, isso significa mais exportações de soro de leite argentino, uruguaio e, sim, brasileiro.
A Starbucks, com seus lattes de matcha proteico ou chocolate cremoso, funde a cafeteria com a academia, atraindo millennials que não resistirão ao “bem-estar em uma xícara”.
👉 Sustentabilidade não é apenas moda, é sobrevivência:
A mudança climática nos espreita — secas na Europa, inundações na Ásia — e a indústria responde com inovações como a produção de proteína láctea “baixa em carbono”.
Em 2025, 70% dos laticínios premium incorporarão rótulos ecológicos, impulsionando um mercado de alternativas.
Spoiler: o leite de vaca resiste às alternativas vegetais com seu perfil proteico superior.
Revolução? Hype? Ou ambos?
A Starbucks não vende apenas café; está oferecendo um futuro onde o leite é sinônimo de poder, prazer e planeta.
Este lançamento, que já está gerando agitação na América do Norte, pode chegar à América Latina em breve, impulsionando um mercado lácteo mais inovador e consciente.
O impacto? Um aumento na demanda por whey que beneficia toda a cadeia.
A Starbucks me serviu um latte espumoso… mas o que realmente me deu foi uma prévia do futuro: mais proteína, mais branding, mais comeback dos laticínios.
Pedimos outro?
Valeria Hamann
EDAIRYNEWS