Enquanto o Brasil ainda enfrenta o alerta nacional sobre os riscos do metanol, o Estado de São Paulo abriu uma nova frente de fiscalização para combater outro grave problema de saúde pública: a adulteração de leite.
A Defesa Agropecuária do Estado, em parceria com a Polícia Ambiental, realizou nesta sexta-feira (3) uma operação que resultou em prisões e autuações no interior paulista.
A ação teve como foco propriedades rurais suspeitas de irregularidades na produção e manejo de animais, com o objetivo de proteger o consumidor e fortalecer os produtores que seguem as normas sanitárias e ambientais. Segundo as autoridades, fraudes como a diluição com água ou o uso de substâncias químicas comprometem diretamente a segurança alimentar e a qualidade dos laticínios.
Fraude compromete a confiança no setor lácteo
De acordo com a Defesa Agropecuária, a adulteração do leite afeta toda a cadeia produtiva — do produtor ao consumidor final. Por isso, as equipes de fiscalização vêm ampliando as inspeções em laticínios, fazendas e pontos de venda, com coleta de amostras e análises laboratoriais detalhadas para detectar fraudes e contaminações.
O diretor da Defesa Agropecuária, Luiz Henrique Barrochelo, destacou a importância de uma atuação coordenada e rigorosa:
“Nossa missão é garantir alimentos seguros, atuar com rigor e transparência para preservar a competitividade dos produtores legais e proteger os consumidores finais.”
A declaração reforça o compromisso do Estado em manter um padrão de qualidade reconhecido e em valorizar quem atua de forma responsável dentro do setor agropecuário.
Fiscalização e orientação aos produtores
Além das prisões e autuações, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo explicou que o trabalho de fiscalização também inclui orientação técnica aos produtores e às indústrias. O foco é ajudar o setor a aprimorar seus processos produtivos, garantindo conformidade com as normas de higiene, rastreabilidade e sustentabilidade.
A pasta enfatiza que o objetivo não é apenas punir, mas educar e fortalecer o setor lácteo paulista, estimulando a confiança dos consumidores e o respeito à legislação sanitária. Iniciativas desse tipo também ampliam a transparência do mercado e valorizam os alimentos de origem controlada.
Recorde de fiscalizações em 2025
Em 2025, a Defesa Agropecuária de São Paulo já ultrapassou a marca de 51 mil fiscalizações em todo o Estado, abrangendo tanto cadeias produtivas de origem animal quanto vegetal. As operações incluem inspeções em lavouras, frigoríficos, agroindústrias e laticínios, com testes laboratoriais contínuos para garantir a qualidade dos produtos.
Esses números reforçam o compromisso do governo estadual com a segurança alimentar, a sustentabilidade da agropecuária e o fortalecimento do mercado regional. Produtos com certificação e rastreabilidade ganham mais valor e credibilidade junto ao consumidor, fortalecendo a imagem de São Paulo como um dos polos mais vigilantes e responsáveis do país.
Segurança alimentar como prioridade
Casos de fraude em alimentos têm impacto direto na saúde pública, além de prejudicar a imagem de todo o setor. Por isso, as ações integradas entre a Defesa Agropecuária e a Polícia Ambiental representam um passo essencial para restabelecer a confiança na produção de leite e seus derivados.
O Estado de São Paulo segue como referência nacional em fiscalização agropecuária, combinando tecnologia, transparência e parceria com o setor produtivo. A meta, segundo a Secretaria de Agricultura, é manter a vigilância ativa e garantir que cada litro de leite produzido no Estado seja seguro, rastreável e de alta qualidade.
*Adaptado para eDairyNews, com informações de ContraFatos
