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17 out 2025
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🥛 Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém descobriram que a estrutura da gordura do leite influencia o crescimento de bactérias benéficas no intestino.
🦠 Nova pesquisa mostra como os glóbulos de gordura do leite influenciam as bactérias intestinais e podem melhorar a saúde.
🦠 Nova pesquisa mostra como os glóbulos de gordura do leite influenciam as bactérias intestinais e podem melhorar a saúde.

A leite é muito mais do que uma fonte de cálcio e proteínas: trata-se de um ecossistema biológico vivo, com uma estrutura complexa que impacta diretamente o microbioma intestinal humano.

Um novo estudo da Universidade Hebraica de Jerusalém (Israel) revelou como a estrutura dos glóbulos de gordura do leite afeta a interação com as bactérias e abre caminho para avanços na nutrição e segurança alimentar.

Publicado na revista científica Food Chemistry, o trabalho liderado pela professora Nurit Argov-Argaman, da Faculdade Robert H. Smith de Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente, mostra que a tamanho e forma dessas partículas microscópicas determinam o tipo de relação que estabelecem com os microrganismos do intestino.

“Nossa pesquisa destaca as formas intrincadas pelas quais as características físicas dos glóbulos de gordura do leite influenciam a dinâmica microbiana, oferecendo novas possibilidades para melhorar a saúde através de componentes naturais da dieta”, explicou Argov-Argaman.

🥛 Glóbulos pequenos, grandes efeitos

O estudo revelou que glóbulos menores de gordura do leite estimulam o crescimento de bactérias benéficas, como Bacillus subtilis, conhecidas por favorecer o equilíbrio intestinal e a imunidade.

Por outro lado, glóbulos maiores favorecem a formação de biofilmes bacterianos — estruturas associadas à capacidade de adaptação e resistência das bactérias em ambientes diversos.

Esses resultados demonstram que a estrutura física é mais determinante do que a simples composição química.

Experimentos com misturas sintéticas de lipídios semelhantes às gorduras do leite não conseguiram reproduzir o mesmo efeito positivo sobre as bactérias, comprovando que a bioatividade depende da forma natural do glóbulo e não apenas dos seus componentes.

🔬 Implicações para a nutrição e a indústria láctea

A descoberta reforça o papel do design natural da leite como elemento essencial na relação entre alimentos e saúde.
De acordo com os pesquisadores, compreender essas interações poderá permitir o desenvolvimento de produtos lácteos mais funcionais, capazes de estimular seletivamente as bactérias “boas” do intestino e melhorar a digestão e imunidade.

Além disso, o estudo sugere que a estrutura dos glóbulos de gordura do leite cru e os componentes secretados pelas células mamárias apresentam funções semelhantes, reforçando a hipótese de que a natureza criou um mecanismo biológico sofisticado para sustentar o equilíbrio microbiano.

🌍 Ciência israelense com impacto global

A pesquisa conduzida em Israel contribui para o entendimento de como o leite, em seu estado natural, pode ser um aliado da saúde intestinal, tema de crescente interesse na comunidade científica global.

Embora estudos anteriores já tenham explorado a composição química da gordura do leite, esta investigação foi a primeira a confirmar o papel central da estrutura física na forma como o alimento interage com os micro-organismos.

O grupo da Universidade Hebraica espera que as conclusões sirvam de base para novas aplicações em nutrição infantil, biotecnologia e produção de alimentos seguros e sustentáveis.

💡 O futuro dos lácteos funcionais

O avanço desta linha de pesquisa poderá permitir que a indústria láctea desenvolva produtos personalizados, capazes de fortalecer o microbioma intestinal e oferecer benefícios adicionais à saúde.

“Essas descobertas mostram que podemos usar as propriedades naturais da leite para apoiar a colonização de bactérias benéficas, o que tem potencial para melhorar a segurança e a qualidade dos produtos lácteos”, concluiu Argov-Argaman.

Em tempos em que o consumidor busca alimentos com propósito e evidência científica, o leite volta a ocupar um papel central — não apenas como nutriente, mas como elemento vivo que dialoga com o nosso próprio ecossistema interno.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Infosalus

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