O TasteAtlas, plataforma internacional dedicada à gastronomia mundial, divulgou recentemente o ranking dos melhores queijos do Brasil, baseado nas avaliações de usuários que votam em pratos e produtos típicos de diversas regiões. O resultado evidencia a força da tradição queijeira nacional, marcada pela diversidade de sabores e técnicas artesanais que resistem ao tempo.
Entre os destaques, o queijo de coalho, o queijo Canastra e o queijo Minas ocupam o Top 3, reafirmando a representatividade e o prestígio dos produtos brasileiros no cenário global.
🥇 Queijo de coalho: o sabor do Nordeste que virou ícone nacional
O primeiro lugar ficou com o queijo de coalho, um clássico do Nordeste brasileiro, conhecido por sua textura firme e elástica e o tom levemente amarelado. Feito com leite de vaca, o coalho se diferencia por resistir bem ao calor, sendo presença garantida nas praias, churrasqueiras e feiras regionais.
Com sabor levemente salgado e ácido, ele é tradicionalmente servido em espetos grelhados, muitas vezes finalizado com orégano — combinação que o transformou em um dos petiscos mais populares do país.
De acordo com o TasteAtlas, o queijo de coalho é um símbolo não apenas da culinária nordestina, mas da própria identidade brasileira, valorizando o consumo local e a produção artesanal que mantém viva uma herança cultural centenária.
🥈 Queijo Canastra: o patrimônio mineiro que conquistou o mundo
Em segundo lugar, o queijo Canastra, produzido na Serra da Canastra (Minas Gerais), reafirma o protagonismo mineiro na tradição dos laticínios. Feito com leite cru, apresenta sabor equilibrado, com notas ácidas e ligeiramente picantes.
Sua maturação tradicional leva cerca de 21 dias, podendo chegar a 40 — quando atinge uma textura e intensidade comparáveis às de queijos europeus como o Grana Padano.
Reconhecido em 2008 como patrimônio cultural imaterial do Brasil, o queijo Canastra é referência de excelência e autenticidade. A conquista de um lugar no ranking do TasteAtlas reforça o reconhecimento internacional de um produto que alia terroir, técnica e paixão.
🥉 Queijo Minas: versatilidade e tradição
O terceiro lugar do pódio foi para o queijo Minas, outro tesouro mineiro que ultrapassa gerações. Produzido de forma artesanal, com leite cru e técnicas tradicionais, o queijo Minas é conhecido por sua textura macia e úmida e por um sabor suave e levemente salgado, que varia de acordo com o tempo de cura e a região produtora.
Sua versatilidade na cozinha é um dos motivos de sua popularidade: combina tanto com pratos doces, como goiabada e doces de leite, quanto com receitas salgadas, como tortas e panquecas. Essa adaptabilidade faz do queijo Minas um verdadeiro embaixador da culinária brasileira.
Outros destaques regionais
Além dos três primeiros colocados, o ranking também reconheceu outras variedades que refletem a diversidade da produção nacional.
O queijo prato, originário de Minas Gerais e inspirado em queijos dinamarqueses, chama atenção por sua textura macia, pequenos furinhos e sabor delicado. Produzido com leite pasteurizado, é um dos tipos mais consumidos no cotidiano dos brasileiros.
Já o queijo Borbinha, elaborado pela queijaria Bolderini, se destaca pela massa cremosa, aroma suave e leve toque terroso na casca — que não deve ser consumida. É ideal para harmonizar com geleias, doces e bebidas frutadas, evidenciando a sofisticação crescente dos queijos artesanais no país.
Um mapa de sabores brasileiros
O TasteAtlas se consolidou como um dos principais guias gastronômicos do mundo, reunindo avaliações de pratos e produtos típicos de centenas de países. No caso do Brasil, o ranking de queijos mostra um equilíbrio entre tradição e inovação, unindo receitas ancestrais e novas interpretações de produtores regionais.
Os resultados também reforçam a importância de preservar os modos de fazer artesanais, garantir a qualidade do leite utilizado e promover o consumo de produtos de origem certificada, valorizando o trabalho de agricultores e queijeiros locais.
O reconhecimento internacional dos queijos do Brasil pelo TasteAtlas celebra não apenas o sabor, mas também as histórias, as pessoas e as regiões que dão vida a cada pedaço desse patrimônio gastronômico nacional.
*Adaptado para eDairyNews, com informações de Estadão






