ESPMEXENGBRAIND
5 nov 2025
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🧀 Comer queijo regularmente pode reduzir em até 24% o risco de demência em idosos, segundo pesquisadores japoneses.
🧠 Uma fatia por semana pode fazer diferença: estudo japonês liga o queijo à proteção cognitiva
🧠 Uma fatia por semana pode fazer diferença: estudo japonês liga o queijo à proteção cognitiva.

Um hábito simples e prazeroso — comer queijo — pode estar ligado a um benefício surpreendente: a proteção da memória e da saúde cerebral. Um estudo realizado no Japão com cerca de 8 mil adultos acima dos 65 anos revelou que o consumo regular de queijo está associado a um risco 24% menor de desenvolver demência ao longo de três anos.

A pesquisa, publicada na revista Nutrients, indica que entre os participantes que comiam queijo com frequência, apenas 3,4% foram diagnosticados com demência. Já entre aqueles que raramente consumiam o alimento, o índice chegou a 4,45%.
Pode parecer uma diferença modesta, mas, na prática, representa cerca de 10 casos a menos por mil pessoas, mesmo após ajustes por idade, sexo, estado de saúde e condições socioeconômicas.

O que o queijo tem a ver com o cérebro?

Os pesquisadores sugerem que os benefícios do queijo podem estar relacionados à sua riqueza nutricional. Ele é fonte de proteínas, aminoácidos essenciais e vitaminas lipossolúveis, especialmente a vitamina K2, que desempenha papel crucial na saúde vascular e na regulação do cálcio, fatores diretamente conectados à função cerebral.

Além disso, os autores destacam possíveis mecanismos que explicam a associação positiva entre queijo e saúde cognitiva:

  • Redução dos processos inflamatórios no corpo;

  • Influência favorável sobre o eixo intestino-cérebro, responsável pela comunicação entre microbiota e sistema nervoso;

  • Efeitos benéficos dos lácteos fermentados — como queijos curados — sobre o declínio cognitivo.

Em outras palavras, o queijo pode oferecer mais do que sabor: pode ser um aliado na manutenção da função cerebral ao longo do envelhecimento.

E quanto à saúde do coração?

A boa notícia não para no cérebro. De acordo com o estudo, produtos lácteos fermentados — entre eles muitos tipos de queijo — também podem contribuir para uma melhor saúde cardiovascular e metabólica. Esses fatores são importantes porque doenças do coração e do metabolismo estão entre os principais gatilhos de demência.

Os cientistas, no entanto, fazem uma ressalva: a pesquisa é observacional, ou seja, identifica correlações, mas não prova causa e efeito. Outros elementos, como o estilo de vida, o tipo de queijo consumido e a genética individual, também influenciam os resultados.

Demência em números: um desafio global

A Organização Mundial da Saúde estima que mais de 50 milhões de pessoas vivem com demência no mundo — e esse número pode triplicar até 2050.
O envelhecimento populacional e o aumento da expectativa de vida tornam o tema uma prioridade de saúde pública global. Por isso, cada novo estudo que investiga fatores de prevenção ganha relevância.

“Entender como certos alimentos, como o queijo, podem influenciar o risco de demência é fundamental para desenhar estratégias de envelhecimento saudável”, destacam os autores da pesquisa.

Como incluir o queijo de forma saudável na dieta

Antes de correr para a tábua de queijos, os especialistas lembram: equilíbrio é a palavra-chave. O queijo pode integrar uma alimentação equilibrada, mas não substitui outros pilares da saúde cerebral, como o exercício físico, o sono adequado e o controle do estresse.

Para aproveitar seus benefícios sem exagerar:

  • Prefira porções pequenas e queijos menos processados;

  • Combine com frutas, legumes e cereais integrais, que ajudam na absorção de nutrientes;

  • Mantenha o consumo regular, mas sem excessos — uma ou duas vezes por semana já é o suficiente segundo o padrão observado no estudo;

  • E lembre-se: cada corpo reage de forma diferente, por isso o acompanhamento médico é sempre recomendado.

Reflexão final

O estudo japonês reforça algo que o setor lácteo há muito defende: os lácteos podem ser aliados da saúde humana quando consumidos com consciência e regularidade.
Entre modas alimentares e mitos sobre o leite e seus derivados, a ciência segue mostrando que o queijo — alimento ancestral e culturalmente universal — ainda tem muito a oferecer.

Talvez, no futuro, a recomendação “um pedacinho de queijo por semana” se torne tão comum quanto “coma frutas e verduras todos os dias”.

*Escrito para o eDairyNews, com informações de CB

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