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12 nov 2025
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A palavra-chave bubalinocultura traduz o avanço do Ceará em genética Murrah, produção de leite de búfala e queijos finos 🐃
Bubalinocultura em alta Ceará lidera genética de alta performance no seto

A palavra-chave bubalinocultura define um caminho promissor para a pecuária do Norte-Nordeste brasileiro, e o estado do Ceará aparece como protagonista desse movimento. O litoral oeste cearense já se consolida como polo de genética de búfalos da raça Murrah e de produção de leite de búfala e queijos finos.

Na cidade de Paracuru, a Fazenda Laguna se destaca com mais de 30 anos de história, uma estrutura integrada que alia manejo responsável, pesquisa científica e produção industrial de derivados de búfala. A propriedade conta com parceria da Universidade Estadual do Ceará (UECE), por meio do seu Laboratório de Fisiologia e Controle da Reprodução, para avanço em técnicas como fertilização in vitro (FIV), visando melhoramento genético de alta performance.

No campo da transformação, a Fazenda Laguna abriga a “Queijaria Laguna”, que já produz 32 tipos de queijos e derivados — sendo 10 deles elaborados exclusivamente com leite de búfala — abastecendo supermercados, hotéis, restaurantes e o segmento food-service em todo o Ceará. A cadeia gera mais de 100 empregos diretos, 300 indiretos e beneficia mais de 200 famílias produtoras e fornecedores locais.

Por que este destaque importa para o agronegócio

A bubalinocultura vem conquistando espaço no agronegócio nacional porque oferece alternativas de diversificação, valorização de leite e produtos derivados, e acesso a nichos premium. O aumento da demanda por carne e lácteos de búfala, aliado à tecnologia e genética de ponta, abre oportunidades de crescimento e inovação em regiões até então menos exploradas.

Para o Ceará, esse avanço fortalece a pecuária local, cria valor regional, promove emprego e amplia a cadeia de fornecedores. O estado passa de mera produção para centro de inovação genética e alimento de alta qualidade.

Desafios e fatores de sucesso

Entre os fatores que sustentam esse crescimento estão: adoção de genética Murrah reconhecida mundialmente pela produtividade do leite, parceria com universidade para pesquisa de reprodução (FIV), investimento em laticínios integrados e foco em qualidade e valor agregado. Por outro lado, os desafios permanecem: necessidade de escala, acesso a mercado externo, logística para leite e queijos premium, certificação e rastreabilidade para exportação, e adaptação das propriedades ao modelo intensivo tecnológico.

Implicações para o setor lácteo

Para o segmento de laticínios, a explosão da bubalinocultura no Ceará significa que o leite de búfala pode se incorporar com mais força à cadeia brasileira de lácteos, oferecendo matérias-primas diferenciadas — queijos autorais, sabores exclusivos, valor agregado e branding turístico-gastronômico. Indústrias, fornecedores de insumos, e distribuidores devem atentar-se a essa nova frente.

Conclusão

Em resumo, a bubalinocultura emerge como vetor estratégico de inovação e crescimento no Ceará. A combinação de genética, sustentabilidade e processamento de alto valor coloca o estado em posição de vanguarda na pecuária nacional.

Escrito para o eDairyNews, com informações de Feed&Food.

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