ESPMEXENGBRAIND
18 nov 2025
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18 nov 2025
🥛 Com o litro abaixo de R$ 1,80, SC instala comissão para pressionar governos e evitar mais abandono na atividade leiteira.
💥 Produtores lotam a Alesc e exigem reação imediata diante da crise do leite que já reduziu a produção catarinense em mais de 10%.
💥 Produtores lotam a Alesc e exigem reação imediata diante da crise do leite que já reduziu a produção catarinense em mais de 10%.

A crise do leite dominou o debate político em Santa Catarina após a explosão de queixas dos produtores e a queda contínua do preço pago na porteira.

A situação se tornou tão grave que a Alesc promoveu uma audiência pública, convocada pela Comissão de Agricultura, para buscar saídas imediatas — um gesto que, segundo parlamentares presentes, já não podia mais esperar.

De acordo com relatos apresentados no encontro, mais de 30 mil famílias do estado estão ameaçadas pelo recuo abrupto do preço, que caiu para menos de R$ 1,80 por litro.

Representantes da Epagri/Cepa alertaram para um cenário de retração produtiva de mais de 10%, um indicador que acendeu o alerta máximo entre cooperativas, sindicatos e prefeitos.

O clima no auditório do Plenarinho refletiu esse drama: produtores lotaram o espaço vestindo camisetas com o lema de protesto “Luto pelo Leite”, transformando a audiência em um pedido coletivo de socorro.

Os deputados Altair Silva (PP) e Oscar Gutz (PL) conduziram o debate e colocaram a crise no centro da agenda estadual.

Durante a reunião, os parlamentares apresentaram propostas e ampliaram o diálogo com representantes do governo, da Faesc, da Ocesc, do Sindileite e de diversas lideranças rurais. Produtores relataram, em tom de urgência, a dificuldade de manter a atividade diante da combinação explosiva de custos elevados, importações crescentes e perda de renda.

Entre as medidas discutidas estavam:


controle mais rígido das importações, apontadas pelos produtores como fator decisivo na queda dos preços;
apoio financeiro temporário, para evitar fechamento de fazendas;
incentivo à industrialização dentro do estado, como forma de agregar valor e reduzir a dependência externa.

A partir desse diálogo, a Alesc decidiu criar uma comissão permanente encarregada de organizar as propostas e levá-las diretamente ao governo catarinense e ao governo federal. A expectativa, segundo os parlamentares, é garantir que o tema seja tratado como prioridade absoluta.

Composição oficial da comissão

A nova comissão reúne representantes políticos e lideranças do setor produtivo. Fazem parte:


• os deputados estaduais Altair Silva (PP) e Oscar Gutz (PL);
• o presidente da Faesc, José Zeferino Pedroso;
• a presidente da Uvesc, Marcilei Vignatti;
• o prefeito de Xaxim, Chico Folle;
• o secretário da Agricultura, Carlos Chiodini;
• o deputado federal Valdir Cobalchini (MDB).

Segundo parlamentares envolvidos, a missão do grupo será compilar dados, propor ações emergenciais e pressionar por políticas públicas que devolvam previsibilidade ao setor.

Inovação e internacionalização entram na pauta

Paralelamente ao debate sobre a crise, a Fapesc anunciou uma agenda de eventos voltada à inovação científica e tecnológica no estado. Conforme divulgaram representantes da fundação durante a audiência, serão realizados encontros nos dias 25, 26 e 27, nas cidades de Joaçaba, Florianópolis e Joinville.

A iniciativa busca aproximar pesquisadores e empreendedores de oportunidades ligadas ao Horizonte Europa, considerado o maior programa de fomento à pesquisa e inovação do mundo, com orçamento superior a 95 bilhões de euros.

Segundo técnicos da Fapesc, a intenção é abrir caminho para que catarinenses ampliem sua participação em projetos internacionais e desenvolvam soluções de impacto global.

Santa Catarina leva propostas à COP 30

Outro tema debatido foi a participação catarinense na COP 30, em Belém. O deputado Marquito (PSOL) apresentou o relatório “A Terra Pede Cuidado – Contribuições de SC em Tempo de Emergência Climática”, que enfatiza ações de adaptação e mitigação.

Já o presidente da Alesc, Mauro De Nadal (MDB), reforçou propostas de compensação ambiental, incentivos fiscais para energia limpa e recursos específicos para saneamento e proteção hídrica.

Reforma do Código Civil também entra no debate

A audiência ainda abordou a discussão nacional sobre a reforma do Código Civil. A advogada catarinense Clarissa Medeiros Cardoso defendeu a manutenção de dispositivos alinhados à LGPD e ao Marco Civil da Internet, além do reconhecimento do patrimônio digital — incluindo milhas, pontos e créditos de cartão — como bem passível de penhora em processos judiciais.

*Escrito para o eDairyNews, com informações de Jornal A Gazeta

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