As queijarias premiadas do país voltaram a chamar atenção do público e dos jurados internacionais, confirmando um movimento que já não é tendência — é realidade:
o Brasil se tornou um dos polos mais vibrantes, diversos e competitivos do cenário mundial de queijos artesanais e especiais. A cada nova edição do World Cheese Awards (WCA) e do Mondial du Fromage, cresce o número de medalhas, categorias e estilos representados por produtores nacionais. E, no topo dessa lista, cinco casas brilham com consistência, reputação e sabor.
De Minas Gerais a Santa Catarina, passando por São Paulo e pelo Sul profundo, essas queijarias não apenas conquistam prêmios: elas revelam histórias, métodos, terroirs e trajetórias que explicam por que o consumidor brasileiro tem buscado cada vez mais produtos de alta qualidade, enquanto o mercado global finalmente reconhece o potencial do país.
1. Serra das Antas — Bueno Brandão (MG)
A mineira Serra das Antas é frequentemente citada por especialistas como uma das queijarias artesanais mais consistentes do país. O diferencial, narram jurados e críticos, está na combinação entre técnicas tradicionais europeias e o terroir de altitude do sul de Minas, que confere identidade e personalidade às criações da casa.
Entre seus destaques recentes, o queijo Tipo Reblochon ganhou medalha de ouro no World Cheese Awards 2025, reforçando a força dos queijos de massa mole produzidos no Brasil. A lista de medalhistas segue com nomes conhecidos do público fiel da marca, como o Gorgonzola Duplo Creme, o Lua Cheia e o Tipo Gorgonzola Dolce, todos com histórico recorrente de prêmios.
2. Bela Fazenda — Bofete (SP)
No interior paulista, a Bela Fazenda se consolidou como uma potência criativa. Com queijos de leite de vaca cuidadosamente maturados, a queijaria montou um portfólio que combina diversidade e precisão técnica — fator decisivo para se manter entre as mais premiadas do país.
No WCA 2025, dois rótulos ganharam destaque: Benzinho e Amazonito, ambos medalha de prata. Eles se somam a outros premiados, como Goró e Pampa, responsáveis por projetar a marca internacionalmente e fidelizar consumidores em busca de experiências sensoriais únicas.
3. Laticínios São João — Cruzília (MG)
Na terra onde o queijo é patrimônio, tradição não falta — e o Laticínios São João, integrante do grupo UltraCheese, mantém viva essa herança. A empresa se destaca especialmente por seu domínio nas categorias de queijos de massa filada e mofada.
Os reconhecidos Cruzília Maturado e Azul de Minas já subiram ao pódio em diversas edições de concursos globais. O próprio grupo UltraCheese foi citado em determinadas edições do Mondial du Fromage como a queijaria brasileira mais premiada do evento, reforçando o peso de Minas no mapa global do queijo.
4. Queijos Possamai — Região Sul
Fora do tradicional eixo Minas–São Paulo, a Queijos Possamai representa o avanço da produção de excelência no Sul do país. O ano de 2025, especialmente, marcou uma virada: a marca conquistou ouro no World Cheese Awards com o Queijo da Nona, um dos poucos brasileiros a alcançar essa posição na edição.
Outro destaque do portfólio, o Queijo do Bispo, já havia recebido medalha de prata anteriormente. Segundo avaliadores internacionais, a Possamai mostra como pequenas estruturas familiares podem alcançar padrões de altíssima qualidade sem abrir mão das raízes regionais.
5. Pomerode Alimentos — Pomerode (SC)
A catarinense Pomerode Alimentos mantém um lugar cativo entre as queijarias mais respeitadas do Brasil. Com forte inspiração europeia e processos que valorizam maturações longas e cuidadosas, a marca coleciona prêmios expressivos.
O famoso Morro Azul já foi eleito o melhor queijo do Brasil e também figurou entre os melhores do mundo. Outros produtos, como o Vale do Testo em versões de diferentes maturações, e o Tomme Vaudoise, reforçam a reputação da empresa em competições globais.
*Escrito para o eDairyNews, com informações de Revista Fórum






