“Não dá para repor a taxa antidumping, pelo menos por enquanto, a não ser que a gente prove que está ocorrendo dumping na Europa e na Nova Zelândia. O que podemos fazer, e estamos estudando, é aumentar a taxa de 28% para perto de 42%, dificultando a importação. Não seria viável trazer esse leite para cá”, disse nesta sexta-feira, ao visitar feira Show Rural Coopavel, no Paraná, a ministra Tereza Cristina (Agricultura).
Outra medida em análise pelo governo é a redução dos impostos cobrados na importação de equipamentos usados pela indústria leiteira. “Nós também podemos aproveitar para pedir ao governo [brasileiro] que diminua as taxas de importação de equipamentos para a produção de leite, como robôs, esteiras e outras coisas. Hoje, o setor paga 100% de impostos sobre esses equipamentos. O setor pode ganhar bastante com isso.”
As tarifas antidumping começaram a ser aplicadas em 2001 às importações de leite em pó, integral ou desnatado, não fracionado, originários da UE e da Nova Zelândia. Nesta semana, o Ministério da Economia informou não haver possibilidade de dumping e decidiu suspendê-las. Essas taxas e o imposto de importação somavam cerca de 42%, percentual próximo ao que o governo avalia estabelecer agora.