China – Essa semana, a Nova Zelândia vivenciou a maior queda nos valores das ações dos últimos tempos, com uma queda de 1,6% em um único pregão, após a queda de 1,3% na Austrália.
As indústrias de laticínios foram incluídas, com a Synlait perdendo 3,8%, e a a2 milk, foi surpreendida com a notícia de que a China está melhorando a qualidade de sua cadeia interna de lácteos, especialmente no que se refere às fórmulas infantis, com o objetivo de suprir mais de 50% da demanda doméstica.
Foram as repercussões da decisão chinesa, estabelecendo um sistema abrangente de rastreamento de qualidade e segurança que cubra pelo menos 60% das empresas de fórmulas para bebês. Além de penalidades maiores para os processadores domésticos que violarem as leis chinesas, o programa também exige regulamentações mais rigorosas nas plataformas de venda de leite em pó importado, as vendas online.
Algo que não surpreendeu os produtores e processadores de lácteos da Nova Zelândia, foi o plano de também o governo chinês apoiar indústrias nacionais a adquirirem instalações de operações no exterior, ao mesmo tempo em que encoraja companhias estrangeiras a investirem na China.
Os investimentos não devem estar propícios para empresas norte-americanas no momento, mas, algumas empresas europeias não precisarão de muitos incentivos, especialmente se isso significar vantagens, quando da redução planejada das importações.
A Fonterra não se afastou totalmente de oportunidades no exterior, ao entrar no mercado vietnamita com a Coca-Cola, e a parceria com a varejista Future Group para chegar ao mercado indiano no ano passado.
Os acionistas da Fonterra, no entanto, não estão favoráveis a novas incursões, começando pelo resultado dos preços das ações. Elas caíram para NZ$ 3,95 na semana passada, e recuperaram ligeiramente essa semana, para NZ$ 3,99. Em maio de 2013 o preço da ação da Fonterra era de NZ$ 8,00. Desde então vem caindo.
Os agricultores que pensam em deixar a indústria ou a Fonterra devem estar preocupados, pois, não há vantagem alguma em um futuro previsível.
A Fonterra publicou, recentemente, seus resultados globais. Um gráfico, em particular, chamou a atenção. Muito se tem falado no fato de que os preços no Global Dairy Trade estão subindo desde novembro passado. O gráfico mostra que a recuperação parece estar ligada ao fato de a Fonterra vir reduzindo suas ofertas. Alguns analistas acreditam que a Fonterra pode estar sendo conservadora em suas projeções, mas, pode ser explicado por esse fato.
Se alguém acha que é uma tendência recente, então o gráfico comparável do anterior confirma a relação.
Acreditando piamente, que “imagens valem mais do que mil palavras”, o gráfico a seguir, que também está no Relatório da Fonterra, referente ao mesmo período do ano passado, mostra como as diferentes regiões variAm e mostram claramente, os impactos climáticos nos agricultores australianos. A queda na produção de abril na Nova Zelândia também está bem representada.
O interessante no gráfico final foi a importação de produtos lácteos (e não apenas da Fonterra) e ele mostra a volatilidade de várias regiões como China e MENA (Oriente Médio e África).
