Segundo as lideranças dos movimentos, Inconfidência Leiteira e Construindo Leite Brasil, o governo está sim preocupado com o setor, há esperanças de que uma reestruturação está sendo feita e de forma que o produtor tenha maior representatividade, bastando apenas eles participarem mais.
Na manhã da última terça-feira(02), produtores de leite de Goiás, representantes dos movimentos denominados “Inconfidência Leiteira” e “Construindo Leite Brasil” estiveram reunidos com Luís Eduardo Rangel, Diretor de Estudos e Prospecções na Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, pecuária e Abastecimento(DEP/SPA – MAPA).
Na ocasião foram tratados assuntos de interesse da cadeia produtiva láctea. Segundo as lideranças dos movimentos, há um entendimento de que, tanto a Ministra quanto o Governo, estão preocupados com a situação do setor e já estudam possibilidades de mudança na forma de remuneração ao produtor de leite, fortalecendo a relação Industria / produtor.
No período da tarde, os representantes marcaram presença na Câmara Setorial do Leite, momento considerado histórico para o setor, pois participaram da indicação do produtor Ronei Volpi como novo presidente da Câmara Setorial do Leite.
O setor lácteo indicou o nome de Ronei Volpi para assumir, a partir de agosto, a presidência da Câmara Setorial do Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura (Mapa). O nome foi escolhido em reunião da própria câmara, em Brasília. Médico veterinário da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e coordenador da Aliança Láctea Sul Brasileira, Volpi tem passagem pela superintendência do Senar PR, é produtor de leite e um dos fundadores do primeiro Conseleite do Brasil. A indicação passará, ainda, pelo aval da ministra da Agricultura Tereza Cristina. Se confirmado para o cargo, será o primeiro representante da região Sul a assumir o posto, substituindo o atual presidente Rodrigo Alvim.
Segundo Volpi, a indicação foi uma grande e grata surpresa. “Fui indicado devido ao meu trabalho e dedicação à atividade leiteira. Fiquei muito feliz pelo reconhecimento dos colegas”. Dois grandes desafios o esperam assim que assumir o novo cargo: a implementação das Instruções Normativas (INs) 76 e 77 e o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que permite o livre comercio de produtos entre os blocos. “Esse acordo tem ameaças e oportunidades que abrem portas para a comercialização de lácteos para o mundo”, afirma. Volpi garante que irá trabalhar com afinco para que nenhum produtor seja impedido de realizar a atividade por não atingir os parâmetros exigidos pelo Mapa.
“Este marco contribuirá bastante para os significantes avanços que nós produtores de leite estamos conseguindo junto ao novo governo. Isso demonstra a importância da organização e da participação dos produtores de leite da porteira para fora”, avalia Joel Dacin, líder do Movimento Construindo Leite Brasil.
Segundo as lideranças dos movimentos, Inconfidência Leiteira e Construindo Leite Brasil, o governo está sim preocupado com o setor, há esperanças de que uma reestruturação está sendo feita e de forma que o produtor tenha maior representatividade, bastando apenas eles participarem mais.
“Agradecemos imensamente aos produtores que de forma autêntica não mediram esforços para nós representar no dia de ontem junto a estas importantes reuniões junto ao governo federal .É a participação dos produtores mostrando a sua importância. Produtores participem !!! Juntos somos mais fortes ??????”, conclama Joel.
Veja o artigo “Leite: Quem paga a conta?“, escrito por Awilson Viana, líder do movimento Inconfidência Leiteira, que narra quais as principais reivindicações do setor.
Por: Vicente Delgado – AGRONEWS BRASIL