A Nestlé, a Lactalis e a Danone continuam liderando a indústria mundial de lácteos, mas podem ver algumas mudanças no futuro, de acordo com uma nova análise do Rabobank.

A Nestlé, a Lactalis e a Danone continuam liderando a indústria mundial de lácteos, mas podem ver algumas mudanças no futuro, de acordo com uma nova análise do Rabobank. Uma olhada nos maiores conglomerados de laticínios do mundo reflete o estado da indústria e o que está por vir. O relatório anual Global Dairy Top 20 do Rabobank observou particularmente como as fusões e aquisições do ano passado estão moldando o mercado como um todo.

A Nestlé encabeçou a lista novamente, apoiada pelo crescimento orgânico proveniente de seu negócio de nutrição infantil, e não por causa das suas grandes marcas de leite e sorvete. A Lactalis está em segundo lugar próximo com a Danone, esta, que não se encontra muito atrás, visto que ficou em terceiro lugar. Vale destacar que a diferença entre as três primeiras continuam a encolher.

Fonterra passou para o quarto lugar após a aquisição da participação remanescente da fábrica da Darnum na Austrália. A FrieslandCampina subiu para o quinto lugar graças a pequenos investimentos em queijos na Holanda, nos EUA e na Espanha, segundo o Rabobank. A Dairy Farmers of America caiu do quarto para o sexto lugar e a Yili superou a Saputo, passando para o oitavo lugar, com vendas de 13,4% em dólar.

Rabobank publica Dairy Top 20; Nestlé, Lactalis e Danone continuam na liderança

Saskia van Battum, analista de laticínios, disse: “os três primeiros permaneceram os mesmos, embora a diferença entre os números um e dois continue diminuindo. Pelo terceiro ano consecutivo, não há novos participantes na lista, devido à falta de grandes acordos nos últimos 18 meses, mas houve uma reorganização”.

No geral, houve um aumento de 2,5% no ano, ante 7,2% do ano anterior. No entanto, o volume de negócios combinado dos dez primeiros colocados cresceu e se aproximou de US$ 150 bilhões. O Rabobank citou preços mais baixos das commoditiescondições climáticas adversas nas principais regiões exportadorasfortes desvalorizações do dólar e da moeda norte-americana como razão para o volume de negócios combinado das principais companhias listadas.

Entre as 20 principais, 19 empresas participaram de mais de 75 fusões, aquisições, joint ventures e alianças estratégicas ou alienações. O Rabobank disse que 111 negócios totais ocorreram em laticínios em 2018, abaixo dos 127 em 2017. Em meados de 2019, já havia 85 acordos de produtos lácteos, mas nenhum dos acordos recentes foi “um verdadeiro fator de mudança”, segundo o banco.

“Esperamos ver um crescimento adicional das aquisições, com uma mudança esperada nos três primeiros lugares do ranking global. No entanto, um crescimento econômico mais lento na China e uma iminente recessão nos Estados Unidos provavelmente prejudicarão o crescimento orgânico”, disse o relatório. O setor de lácteos também está lutando contra as tensões comerciais entre os EUA, a UE, o México e a China, além de lidar com o Brexit e “aumentar as restrições ambientais” em todo o mundo.

Confira:

* Nota: Os dados de volume de negócios são apenas vendas de lácteos, com base em transações financeiras de 2018 e fusões e aquisições concluídas entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2019. As fusões/aquisições não incorporadas incluem:

  • a venda da Noga Ice Cream pela Nestlé à Froneri;
  • a venda da Nestlé na Malásia e negócios de água e laticínios no Uzbequistão para a Lactalis;
  • aquisições da Lactalis da Itambé;
  • o negócio canadense de queijos da Kraft Heinz, Prabhat Dairy, Nuova Castelli;
  • o negócio peruano do FMI da Aspen;
  • o negócio de iogurtes da Ehrmann nos EUA;
  • a venda da Tip Top, antes da Fonterra, para a Froneri;
  • a venda da Creamy Creation pela FrieslandCampina;
  • a fusão da Dairy Farmers of America com a St. Albans Cooperative Creamery;
  • a venda da Valmartin pela Arla Foods;
  • a aquisição da Westland Milk pela Yili;
  • a aquisição da Kirin pela Saputo;
  • a venda da participação da Mengniu na Junlebao e;
  • a aquisição da Papillon pela Savencia.

A distribuidora Gefrescos quer que a Danone seja condenada em tribunal a pagar cerca de 5 milhões e 500 mil euros. A Danone recusa ter feito imposição e fixação de preços.

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