Uma atitude que é comum à maioria dos setores produtivos e comerciais sob o impacto da repentina desvalorização de segunda-feira, tem um sabor muito particular para o setor lácteo. A matéria prima é perecível e isto indica que não pode fechar as portas e esperar a poeira “baixar”. Produtores de leite e indústrias de laticínios têm posições semelhantes.

O preço do leite ao produtor do mês de julho já estava sendo pago sem aumentos, um processo que se esperava para a primavera.

Levantar os ânimos e fazer estimativas superficiais é o máximo que pode ser feito pelas indústrias de laticínios, pois, não existe certeza alguma. Empresas de todos os tamanhos precisam avaliar o tamanho do impacto.

O consumo interno teve baixa demanda, mas, ainda assim requer um abastecimento constante de produtos refrigerados, acompanhando a lógica da produção incessante, Em comércios de vizinha, armazéns e minimercados, que são os que renovam de forma constante os produtos não têm hoje, preços concretos para os produtos. Os supermercados se abastecem em prazos maiores, mas, precisam se adequar à nova realidade.

A indústria de laticínios de uma forma geral começará a remarcação nas próximas horas. A menor estimativa de alta está em 8%. Se vier com um número muito abaixo em relação ao mercado em geral, novas remarcações virão nas próximas semanas, já que alguns analistas estimam que a modificação dos preços dos alimentos deveria no momento, ficar em torno de 14%.

Existe uma atitude de espera em relação aos negócios de exportação, embora ninguém exclua o cumprimento dos atuais compromissos, sobretudo para manter um fluxo de intercâmbio que é fundamental, os quais foram estabelecidos em encontros extraordinários e informais entre empresas de todos os tamanhos.