O Ministério da Agricultura anunciou na terça-feira (23/07) que a China vai abrir o mercado para a exportação de produtos lácteos brasileiros como leite em pó e queijos. Produtores da região já estão se preparando para a exportação.
“O ministério da Agricultura habilitou uma lista com 24 estabelecimentos que poderão comercializar seus produtos ao mercado asiático, e eu forneço meus produtos a um desses estabelecimentos, e eles já me encaminharam quais são as exigências dos chineses para realizar a exportação e no momento estou em fase de preparação. Essa abertura de mercado é muito importante, pois vai ajudar a melhorar significativamente não só o meu índice de vendas, mas de todos os produtos da região que também tem contrato com um desses estabelecimentos habilitados para exportação ao mercado chinês. Isso contribui também para a geração de empregos, pois para cumprir a risca as exigências dos chineses vamos precisar ampliar a mão de obra na fazenda”, conta o pecuarista. O acesso aos consumidores chineses estava acordado desde 2007, mas não havia nenhuma indústria brasileira habilitada a exportar. Em abril deste ano, o ministério da Agricultura encaminhou uma lista com 24 estabelecimentos que poderiam vender ao país asiático. Na última terça-feira, os chineses autorizaram a entrada dos alimentos produzidos nessas plantas industriais.
Entre os produtos que poderão ser exportados estão os “não fluidos”, como leite em pó, queijos e leite condensado. Segundo o governo, a medida poderá impulsionar o setor. “Acho que é uma notícia excepcional para o setor leiteiro que passa por um momento muito difícil, sem esperança. E isso traz esperança para a indústria de leite”, disse a ministra Tereza Cristina.
Com a habilitação dos estabelecimentos, a expectativa do setor é exportar US$ 4,5 milhões em queijos, estima à associação Viva Lácteos, que representa a cadeia produtiva. Em 2018, os chineses importaram 108 mil toneladas de queijo de outros países, segundo a entidade. A importação do produto tem crescido a uma taxa média anual de 13% nos últimos cinco anos.