A produção de leite entregue aos laticínios de Mato Grosso do Sul diminuiu 47% na comparação com os últimos cinco anos, conforme o Silemes (Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul). Além da redução natural da produção nas fazendas, comprometidos seja pela seca e falta de pastagens, por exemplo, a ausência de incentivos ao produtor rural, preços muitos baixos para o produto e alta tributação estadual são apontados como alguns dos motivos pela queda de produção.
Segundo Milene, para fazer com que o setor volte a crescer é necessário que haja uma união entre todos os elos da cadeia do leite, com uma aproximação entre indústria, produtor e governos municipais, estadual e federal. “Se não começarmos a olhar e tentar solucionar as principais dificuldades, podemos ter o fim de uma cadeia muito importante em nosso Estado, que gera empregos, uma receita mensal para o produtor, além de ser um produto de consumo básico”, alertou.
Para o deputado estadual Capitão Contar (PSL), que é o presidente da Comissão de Turismo, Indústria e Comércio da Casa de Leis, a burocracia e disparidade de impostos cobrados no Estado, se comparado a outros estados é outro agravante. “Gostaríamos de desburocratizar, através de projetos de lei, estimular ações públicas e medidas que possam facilitar todo o ciclo da produção em Mato Grosso do Sul”, comentou.
“Em Mato Grosso do Sul, temos impostos diferentes de outros Estados e essa diferenciação prejudica a competitividade local. Além disso, a energia elétrica que as indústrias pagam é muito cara e o consumo dos nossos produtos é pequeno”, completou. Para o produtor Carlos Alberto Zanenga, vice-presidente do Núcleo dos Criadores de Girolando de Mato Grosso do Sul, o setor precisa de incentivos fiscais e criação de cooperativas de laticínios, além de programas assistenciais para o pequeno e médio produtor direcionado a nutrição, sanitária e manejo.