Financiamento para retenção de matrizes corria risco de ser extinto
Os produtores rurais da região pantaneira de Mato Grosso do Sul conseguiram manter e ampliar linha de crédito do FCO (Fundo de Financiamento do Centro-Oeste), que corria risco de ser extinta. A garantia contou com apoio da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Pantanal, que emitiu recomendação técnica.
Segundo divulgado pelo Sindicato Rural de Corumbá, a linha de financiamento para retenção de matrizes seguirá disponível em 2020. De quebra, produtores da região passarão a ter direito a crédito para limpeza e renovação das pastagens nativas e exóticas.
A manutenção e ampliação das operações financeiras do FCO foram fruto de articulação do sindicato com Embrapa e Banco do Brasil. As entidades elaboraram estudo detalhado, a fim de justificar a necessidade das linhas de crédito.
Em nota, o presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Leite, disse que “a única linha de financiamento voltada para o Pantanal [retenção de matrizes] seria encerrada, o que causaria um prejuízo de grande impacto a nossa pecuária”.
Leite prevê aumento da produção e, consequentemente, recuperação da pecuária de corte pantaneira a partir dos financiamentos possibilitados no FCO.
Recomendação – De acordo com o que foi divulgado pelo sindicato, o estudo técnico da Embrapa alterou as condições de aquisição de matrizes no Pantanal, que antes contemplava o incremento da capacidade de suporte somente por substituição de pastagens nativas por exótica. Agora, a atual também incorpora incrementos proporcionados por recuperação e manejo sustentável de pastagens nativas e de pastagens cultivadas.
O documento ainda dá suporte para a tomada de decisão durante análise de financiamento, visando incremento da capacidade de suporte das pastagens nativas e exóticas do Pantanal dentro de critérios de intensificação sustentável e princípios ecológicos. Com a ampliação da capacidade de suporte, o programa permite a aquisição de até duas mil matrizes.