Por que o agronegócio, mais uma vez, puxou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará no terceiro trimestre deste ano? Com a palavra, Adriano Sarquis Bezerra de Menezes, diretor de Estudos Econômicos do Ipece:
“Foi um crescimento exponencial – 6,66% no trimestre (julho, agosto e setembro). Deveu-se ao quadro de chuvas, que esteve mais concentrado no litoral e nas áreas serranas. Por conta disso, alguns produtos do setor se destacaram, como ovos, leite, banana, mamão, coco e tomate. A pecuária leiteira é muito bem estruturada com um mercado aquecido há vários anos. O que precisamos, no Estado, é trabalhar mais a produção dos derivados do leite. O segmento de ovos foi grandemente beneficiado pela expansão da demanda, cujo consumo migrou para ele por causa da alta dos preços da carne. Culturas das regiões de serra, como banana e tomate, expandiram-se também influenciadas pelo bom inverno nas áreas de produção. O coco, por sua vez, apresentou um crescimento inercial, influenciado pelo firme e contínuo desempenho do mercado, mas sua expansão não teve muito destaque. Finalmente, sobre as culturas 100% irrigadas, observamos que a produção não aumentou muito por conta da restrição da oferta de água”.
Conclusão sobre o que disse Sarquis: o cearense é um povo criativo, trabalhador, ousado e atento ao uso da melhor tecnologia. O que lhe falta é a segurança hídrica. Que venham, pois, não só as chuvas de 2020, mas também a conclusão do Canal Norte do Projeto São Francisco de Integração de Bacias, e – aí sim – o uso da água para finalidades econômicas (a produção de alimentos entre elas) estará assegurado. A Itaueira, por exemplo, só pede água para retomar sua produção de melão no Ceará.
Cometa
Liderada pelos empresários Otalibas Rocha e Vera Façanha, a rede de lojas supermercados Cometa é a maior entre as empresas genuinamente cearenses do varejo de alimentos. Ela tem hoje 25 unidades em operação. Seu plano de expansão é ousado. Esta coluna apurou que mais cinco lojas serão abertas ao longo do próximo 2020, com as quais passará a ter o dobro das demais concorrentes locais, com exceção do Mercadinhos São Luiz, controlado pelo empresário Severino Ramalho Neto.
Livro
Chegou às livrarias “Elétron: do Big Bang ao mundo 4.0”, de Virgílio Pedro Rigonatti. É viagem pela revolução industrial e a influência da energia elétrica no seu desenvolvimento. O livro, de 231 páginas muito bem escritas, é leitura obrigatória para os alunos do ensino básico e também para os que se interessam pela história do Brasil, cujos planos econômicos do século passado estão pormenorizados. Ao falar sobre os eletrodomésticos, o autor cita o cearense Edson Queiroz e sua Esmaltec.
Sobe
Neste 2019 que hoje termina, o Brasil importou em bens de capital algo equivalente a US$ 37,4 bilhões, ou 30% a mais do que em 2018, segundo informa a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei). É um sinal positivo de que a economia está crescendo. A tendência é de crescer mais
Desce
Na Avenida Júlio Ventura, entre B. De Studart e Tibúrcio Cavalcante, há várias lâmpadas queimadas. Na Rua Joaquim Nabuco, no trecho entre Pe. Antônio Tomás e Torres Câmara, também. Na Torres Câmara, entre Osvaldo Cruz e Des. Moreira, idem. Alô, alô, Cité, os moradores pedem o seu socorro antes do Réveillon.