No passado, ouvíamos a recomendação de 1 cm, 2 cm, 3 cm e por vai…, ou seja, uma maneira bem simplista de se resolver uma questão que não é tão simples assim. Afinal de contas, como devo regular a colhedora?
Se as tuas vacas recebem silagem apenas como “suplementação” ao pasto, ou seja, não estão confinadas, a única missão é regular a máquina para que os grãos sejam processados, podendo inclusive pulverizar as partículas.
Contudo, se as tuas vacas encontram-se confinadas o desafio é maior. Por que? Do campo até chegar ao cocho, a silagem terá que interagir com diversos componentes. O primeiro é o tipo de colhedora (autopropelida ou tracionado por trato). Colhedoras autopropelidas possuem os recursos que a nutrição de ruminantes requer atualmente, enquanto as colhedoras tracionadas se limitam a menos tecnologia.
Depois de pronta, a silagem será removida do painel e, neste momento, a remoção pode ser feita com o uso de fresa, o que pode reduzir o tamanho da partícula. Posteriormente, a silagem será colocada no vagão misturador que, dependendo do modelo, também pode reduzir o tamanho das partículas. Somado a interação com estes equipamentos, nós temos que avaliar quais serão os demais ingredientes da dieta que irão interagir com a silagem de milho, principalmente os fornecedores de energia. Por exemplo, a troca de milho seco moído por silagem de grãos irá afetar o sítio de digestão de amido na vaca (deslocando mais amido digerido para o rúmen), o que aumenta o risco de distúrbios metabólicos, como acidose.