Os bons resultados atraíram a atenção de outros produtores e, hoje, o grupo conta com 43 membros. “Os resultados não se medem apenas em valores monetários, houve uma maior conscientização das famílias em relação à importância de ações coletivas, tanto no âmbito social, ambiental e cultural”, ressalta o técnico da Emater-MG.
A veterinária Maria Nabulssi Nogueira ajuda o pai, Paulo Nogueira, a cuidar da produção de leite da família, no Córrego do Açude. Eles fazem parte da Açuleite. Segundo Maria Nogueira, em muitos casos os laticínios valorizam mais os grandes produtores. “A gente recebia menos. Eles não têm interesse de comprar do pequeno, então pagam menos. Mas o pequeno produtor, muitas vezes, tem mais gastos do que os grandes”, diz a veterinária.
Para ela, a formação da Açuleite só apresenta pontos positivos, começando pelo melhor valor pago pelo leite dos produtores da associação. “Faz muita diferença para gente. Nós trabalhamos com uma margem de lucro muito pequena. Esse pouco, R$ 0,30 a mais por litro de leite, é muito para nós”, conta a Maria Nogueira.
Ela ainda ressalta que, após a criação da Açuleite, os produtores se fortaleceram e têm mais representatividade para reivindicar seus direitos e melhorias para a comunidade.