Duas cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) decidiram ignorar a proibição da abertura do comércio, que é clara no decreto do governador Eduardo Leite

Duas cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) decidiram ignorar a proibição da abertura do comércio, que é clara no decreto do governador Eduardo Leite, e baixaram normas permitindo o funcionamento de lojas. A liberação entrou em vigor neste sábado (18) em Sapiranga e Novo Hamburgo, zonas tradicionais de produção calçadista.
Os decretos das duas cidades foram divulgados nessa sexta-feira (17). Em Novo Hamburgo, a liberação, pela descrição que é feita no site da prefeitura, limita a “atendimento individualizado”, ou seja, um cliente por vez no estabelecimento. A medida cai até 25 de abril. Já em Sapiranga não há limitação neste nível, mas indicação de usar menor número de funcionários.
Em seu site, a prefeitura Sapiranga cita o decreto do governo estadual 55.185, de 16 de abril de 2020, que “liberou municípios da região metropolitana da serra, sem critérios técnicos factíveis, prejudicando sobremaneira a região do Vale do Sinos e em especial o município de Sapiranga”. Além disso, o município diz que atende a condições sanitárias previstas pela Vigilância Estadual.
Em Porto Alegre, onde já havia norma para manter lojas fechadas até 30 de abril, o Sindilojas vai pedir ao prefeito Nelson Marchezan Júnior que o comércio possa abrir para as vendas do Dia das Mães.
Leite anunciou, na quarta-feira (15), a manutenção do fechamento do comércio até 30 de abril na RMPA e Caxias do Sul e cidades que formam a região metropolitana da serra gaúcha. As demais regiões gaúchas foram liberadas, desde que sigam normas de proteção definidas pela área sanitária e que não surjam registros da Covid-19 indicando elevação do risco às populações.
Menos de 24 horas depois e sob forte pressão de prefeitos e setores empresariais da serra gaúcha, o governador alterou a norma, liberando a região, alegando que não há disseminação de casos, nenhuma morte e que não pressão maior sobre a estrutura hospitalar. Prefeitos teriam de adotar regras de proteção e higiene dos segmentos e poderiam reabrir comércios.
Nessa sexta-feira, Leite admitiu que muitos prefeitos da RMPA, principalmente os menores entre os 34 que integram a região (veja a lista abaixo), pedem para reabrir o varejo. O chefe do Executivo disse que a região é mais complexa em termos de pandemia e que qualquer flexibilidade só seria possível se todos concordassem. Na manhã deste sábado, ele voltou a falara sobre o tema em Canoas:
“Porto Alegre tem mais casos, mais óbitos. Há uma reconhecida interação das pessoas, que moram em uma cidade e trabalham em outra, o relacionamento de restrições aqui é muito mais complexo do que em outras regiões”, reforçou o governador, descartando revisão de regra nos próximos dias. “Vejo como muito difícil retirar as restrições comuns.”
Em Sapiranga, também fora liberadas empresas de prestação de serviços e demais estabelecimentos não essenciais, como igrejas, templos e similares, informou a prefeitura. Em Novo Hamburgo, pubs e bares continuam fechados para clientes frequentarem os locais, mas podem atuar com tele-entrega, drive-thru ou take-away.
A presidente da CDL Sapiranga, Clarice Strassburger, afirmou, por nota, que a “a medida é fundamental para manter os milhares de empregos e permitir a sobrevivência das empresas que vinham enfrentando muitas dificuldades”. Clarice garantiu que o setor vai cumprir os cuidados sanitários preconizados pelo município, Estado e Ministério da Saúde.

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A relação entre segurança alimentar e negócios tem ganhado força, já que um descompasso do lado da oferta afeta negativamente a demanda.

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