Insatisfeitos com preços pagos pelas indústrias da região, produtores interromperam o fornecimento; protesto completa uma semana nesta segunda-feira

Insatisfeitos com preços pagos pelas indústrias da região, produtores interromperam o fornecimento; protesto completa uma semana nesta segunda-feira

“A nossa paralisação segue firme! Enquanto a diretoria da nossa associação não tiver em mãos um documento assinado pelos laticínios, os produtores não vão voltar a entregar leite no oeste de Mato Grosso.” A afirmação feira por Luciano Rodrigues, presidente da associação que representa os produtores de leite da região (APLO-MT), deixa claro que o impasse entre indústria e fornecedores continua. Uma semana após o início da manifestação contra os baixos preços pagos pelo produto – na casa de R$ 0,82 por litro, em alguns casos – ainda não houve acordo.

De acordo com Rodrigues, 5 dos 6 laticínios da região (incluindo cooperativas) iniciaram um diálogo com os produtores nos últimos dias. As negociações seguem em clima “amistoso”, mas ainda não há consenso sobre o assunto. “A indignação do produtor é o preço baixo e uma diferença de R$ 0,15 no valor do litro comparado a outras regiões. Queremos conseguir avançar logo nas negociações para que isso volte logo a se estabilizar, para que a gente possa voltar a trabalhar com mais confiança”, enfatiza.

O impasse chamou a atenção da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (SEAF-MT). Em nota encaminhada ao Canal Rural, o secretário Silvano Amaral, disse ter “passado a manhã desta segunda-feira (08) conversando por telefone com produtores de leite e com representantes de cooperativas de laticínios da região”, com o objetivo de “intermediar o conflito econômico entre os dois lados”. Segundo a nota, “na próxima semana será realizada uma reunião entre os representantes de cooperativas e servidores da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), para debater os incentivos fiscais que o segmento recebe no âmbito estadual e federal”. O titular da SEAF-MT diz acreditar que “muitas cooperativas desconhecem os incentivos que os governo estadual e federal dão, e com isso acabam não revertendo esses ganhos a cadeia produtiva do leite”, explica.

O leite de égua é valorizado tanto em sua forma natural quanto fermentada.

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