Entidades e produtores pedem medidas que possam ajudar a evitar o abate dos animais de produção e a saída da atividade, veja os motivos!

O Brasil é um dos maiores produtores de leite do mundo, entretanto ainda faltam políticas que ajudem o produtor a se manter na atividade. Imagine se os produtores abandonassem a atividade, como já vem acontecendo. Teríamos milhões de desempregados, economias locais prejudicadas e teríamos uma menor oferta de um produto que é essencial para vida. ACORDA BRASIL, O PRODUTOR DE LEITE PRECISA SER OUVIDO!

O verdadeiro herói, na minha opinião, é o produtor de leite. Ele acorda cedo sete dias por semana, tira o leite, cuida dos animais e da roça, garante um alimento de qualidade e, tudo isso, sem saber quanto irá receber pelo seu produto. Mas ele tem uma certeza, a certeza de que seus custos vão subir!

A maior preocupação é com o valor da ração concentrada, que representa, em média, 40% dos desembolsos do produtor de leite, segundo documento enviado pela CNA, ao Ministério da Agricultura. Nesse documento, existe um apelo para que o Governo ajude o setor!

No documento, a CNA ainda destaca a alta nos preços dos dois principais insumos que compõem a ração, o milho e o farelo de soja, apresentaram aumentos de 75,2% e 96,6% apenas em outubro na comparação com mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do Cepea e do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea).

HÁ FORTE TENDÊNCIA DE PEQUENOS E MÉDIOS PRODUTORES VENDEREM SEUS ANIMAIS PARA O ABATE DEVIDO AOS ALTOS PREÇOS DA ARROBA OU MESMO SAÍREM DA ATIVIDADE!

“Nesse contexto, há forte tendência de pequenos e médios produtores venderem seus animais para o abate devido aos altos preços da arroba ou mesmo saírem da atividade, o que ocasionará problemas sociais no campo e menor oferta de leite para o próximo ano”, diz o ofício, que é assinado pelo presidente da CNA João Martins.

Dados do Cepea inseridos no documento mostram que a margem bruta da atividade foi 29,5% menor no primeiro semestre desse ano em comparação com o primeiro semestre de 2019, o que refletiu em queda de 11,7% na produção de leite no mesmo período, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outro fato que preocupa a bovinocultura de leite é a projeção dos Conselhos Paritários de Produtores e Indústrias de Leite (Conseleites), que apontaram tendência de redução de 4,8% no valor do leite produzido em outubro, a ser pago em novembro, e a perspectiva é que essa queda continue até o final do ano.

Fatores que estão afetando a cadeia do leite:

Instabilidade do preço pago ao produtor;

Aumento do milho e soja;

Elevado custo de produção;

Dificuldade de mão de obra;

Falta de políticas públicas;

Importação elevada de leite;

Preço da arroba mais atrativo que o leite;

Abraleite pede intervenção temporária nas importações de lácteos

A Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite) publicou nota pública nesta sexta-feira, 6, pedindo que o governo federal implemente uma intervenção temporária nas importações de lácteos. A ação classificada como urgente seria justificada em razão de significativas importações de produtos da categoria realizadas nos últimos meses.

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“Dados da Secex mostram que o volume importado no segundo trimestre de 2020 foi 62,8% maior que no mesmo período do ano anterior. Já em setembro, a importação foi 80% superior a 2019 e outubro deve bater o recorde de leite importado desde 2007”, informou a entidade na nota.

O comunicado diz também que está sendo criada a “tempestade perfeita” para o desmonte na cadeia pecuária de leite. Os motivos que levariam a isso seriam a “oferta artificial excessiva” de leite importado, a queda de renda do consumidor com a redução do auxílio governamental, o aumento de impostos e a alta do valor dos insumos.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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