“Tenho uma vaca Jersey muito pequenininha e ela cruzou com um touro Gir. Na hora do parto ela vai ter problema? Essa será a terceira (cria da vaca)”, contou preocupada a pecuarista Elizandra Melo, de Gastão Vidigal, interior de São Paulo, em mensagem destinada ao Giro do Boi.
Foi o zootecnista Guilherme Marquez, gerente nacional de produto leite da central Alta Genetics, quem instruiu a criadora em participação no quadro Giro do Boi Responde que foi ao ar no programa desta quarta, dia 10.
“A raça Jersey é muito conhecida por ter facilidade de parto. Os partos que ocorrem na raça Jersey são bem tranquilos. Mas eles são analisados quando existe um cruzamento entre um touro Jersey e uma vaca Jersey, então os animais nascem bem pequenininhos”, ponderou.
“No seu caso, você cruzou um touro Gir Leiteiro, ou touro Gir. Ele tem uma genética muito distante da do Jersey. Mas, por sorte, ele é um touro de uma raça também de porte pequeno. Então provavelmente você não vai ter problemas de parto”, tranquilizou.
Entretanto, o zootecnista pediu que a produtora tenha atenção no momento do parto, de todo modo. “O maior fator para o qual eu peço sua atenção é o seu comentário sobre a vaca ser “bem pequenininha”. Porque uma Jersey já é pequena. […] E aí eu acho que tem que ficar alerta no periparto, no período pré-parto, nesse momento tão especial da vaca e, se caso for necessário, tentar ajudá-la no momento”, recomendou Marquez.
Mesmo que Jersey e Gir possam apresentar característica de facilidade de parto, a heterose promovida pelo cruzamento das duas raças distantes entre si pode fazer com que o bezerro seja grande e dificultar o nascimento. “Uma coisa boa é que as duas raças têm facilidade de parto. Mas quando se cruza duas raças distantes geneticamente, você pode ter animais um pouco maiores do que aqueles puros, os cruzamentos puros. Então preste atenção na sua vaca mais pelo fator de ela ser ‘bem pequenininha’”, concluiu o zootecnista.
Confira a resposta completa de Guilherme Marquez no vídeo a seguir: