Uma parceria entre a Fazenda da Toca, do empresário Pedro Paulo Diniz, e a Guaraci Agropastoril, controlada por quatro sócios, acaba de levar ao varejo paulista um leite orgânico com neutralidade de carbono no processo de produção.

“Carbono Zero” – Uma parceria entre a Fazenda da Toca, do empresário Pedro Paulo Diniz, e a Guaraci Agropastoril, controlada por quatro sócios, acaba de levar ao varejo paulista um leite orgânico com neutralidade de carbono no processo de produção. A bebida, vendida sob a marca NoCarbon, foi lançada em julho e pode ser encontrada em 65 pontos de vendas de redes como St. Marche, Santa Luzia e OBA Hortifruti.

Há negociações em curso com outras redes, como o Grupo Pão de Açúcar, e com companhias de fora de São Paulo, segundo Luis Fernando Laranja da Fonseca, um dos fundadores da Guaraci Agropastoril. O investimento feito desde 2018, quando a parceria para a produção do leite orgânico começou, somou até agora cerca de R$ 5 milhões. A meta é faturar entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões com a novidade até dezembro de 2022.

A produção é na Fazenda da Toca, localizada em Itirapina, no interior do Estado. Ela ocupa uma área arrendada de 132 hectares e conta com 440 vacas.

A receita estimada considera a comercialização de um leque maior de produtos, além do leite em garrafas. Está previsto o lançamento, entre agosto e setembro, de queijos minas frescal e padrão, ricota, creme de leite e outros derivados, além das versões zero lactose e semidesnatado do leite. Todos terão a mesma marca.

Laranja, que é médico veterinário especializado em pecuária leiteira – e, além disso, um estudioso dos efeitos do clima -, classifica o NoCarbon como um “movimento”. “Queremos despertar a atenção de outras empresas para a produção de alimentos com baixo impacto ambiental ”, diz. O idealizador do projeto conta que ele e os três sócios da Guaraci (Osvaldo Stella, Henrique França e Valmir Ortega) compartilham uma visão crítica a respeito da produção convencional das proteínas animais.

Foi a partir da união dessas visões com a de Diniz, da Fazenda da Toca, que ganhou força o negócio de produção de leite que busca reduzir o uso de químicos no processo e dar ênfase à questão climática e ao bem-estar animal. Esses são, diz Laranja, os três pilares fundamentais para quem pensa em produzir proteínas, em leite ou corte, daqui em diante.

O leite NoCarbon tem certificação orgânica, de neutralidade de carbono e de bem-estar animal – conferidas, nessa ordem, pela IBD, ONG Iniciativa Verde e Certified Humane Brasil. Sobre a parte de emissões de gases que causam efeito estufa, o sócio da Guaraci diz ser “imperioso adotar estratégias para reduzi-las.

A melhor forma de obter um produto neutro em carbono, diz, é plantando árvores. Com essa ideia, os sócios fizeram o inventário total das emissões do processo produtivo – o que incluiu o volume de gás gerado na fabricação das garrafinhas, que não são feitas por eles.

Para compensar a emissão anual de 1,2 milhão de toneladas de gases no processo produtivo do NoCarbon, a Guaraci Agropastoril fará a restauração de uma área da Fazenda da Toca, com o plantio de aproximadamente 7,5 mil árvores nativas.

O próximo desafio é ampliar, com agilidade, a parte produtiva da matéria-prima, já que a demanda pelo produto recém-lançado está acima do esperado, conta o idealizador do projeto. Hoje, a produção na Fazenda da Toca é de 4 mil litros de leite por dia. Além do plano de dobrar a produção própria, os sócios estão em fase de prospecção de seis outros produtores de leite orgânico. Com isso, em um ano, os empresários esperam alcançar 15 mil litros por dia. A parte industrial, acrescenta, fica por conta dos laticínios Salute e Pastora da Fazenda, ambos localizados no interior paulista.

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