Além de frutas e hortaliças, Jundiaí também conta com uma vasta produção de queijos e derivados artesanais. De acordo com produtores, são fabricados diferentes tipos de laticínios com média de 20 quilos por dia que são vendidos para fornecedores, restaurantes e consumidor final.
Um destes produtores é o fabricante de laticínios e proprietário de uma queijaria em Jundiaí, Márcio Silveira, que produz queijos de vaca e ovelha em sua chácara. “Para os queijos que utilizam leite de ovelha, todo processo é feito aqui. Desde a ordenha até a maturação e finalização do alimento, já os queijos de vaca, eu compro o leite de outros produtores e da Escola Técnica Estadual (Etec) Benedito Storani, pois não tenho criação de vacas em Jundiaí, apenas de ovelhas”, afirma o produtor.
PRODUÇÃO
Em sua produção, Silveira fabrica queijo fresco, muçarela, muçarela de búfala, meia cura, provolone, parmesão, labhne. Além dos mais tradicionais, o produtor também fornece criações próprias, como queijos banhado a vinho, com azeite e ervas, entre outros. “É uma produção vasta, que conta com queijos de diferentes países, temperos e processos diferentes. Produzo queijos que ficam prontos em quatro horas e outros que demoram 18 meses para estar apto ao consumo, como é o caso do parmesão”, diz o fabricante.
VENDAS
Silveira produz, em média, 20 quilos por dia, mas a produção pode chegar em 40 quilos, dependendo do tipo de laticínio, época do ano e clima. Os mais tradicionais, como o queijo fresco, são vendidos a R$ 18 a quantidade de 500 gramas. Já os com processos mais demorados custam a partir de R$ 100 o quilo. “Tem peças para todos os bolsos e gostos, além de vender para o consumidor final, apenas sob encomenda e na Festa da Uva, também tenho procura de restaurantes e fornecedores da região”, diz.
Quem também produz e vende os próprios queijos em Jundiaí é a produtora e criadora de caprinos e bovinos há 33 anos, Célia Storani Biscaro, que fabrica cerca de 150 litros de leite por dia, o que equivale a cerca de 20 a 40 quilos de queijos. “Todas as etapas de produção dos derivados do leite são feitas dentro do sítio, desde o processo de ordenha dos animais, até o resfriamento e pasteurização do leite de vaca e cabra”, explica Célia.
A produtora vende os produtos diretamente no sítio, apenas para o consumidor final e revela que o carro-chefe é o queijo boursin, produzido através do leite de cabra e temperado com azeite, ervas e outras especiarias. “A maior procura são pelos derivados do leite de cabra, mas temos opções para quem prefere os mais tradicionais, como queijo frescal, meia cura e parmesão”, diz a criadora.