Os pecuaristas deixam o leite e alugam suas terras.
Fonte: Pixabay

A pecuária em Jalisco está passando pela pior crise de sua história, de acordo com seus protagonistas. Os custos de produção de carne e leite estão aumentando cada vez mais. Além disso, culturas de exportação como o agave, abacate, limões e bagas, para citar apenas algumas, estão cada vez mais tirando território dos pastos e despojando-os de sua vegetação com práticas agronômicas predatórias.

O presidente da União Pecuária Regional de Jalisco (UGRJ), Adalberto Velasco Antillón, assinala que nos últimos meses, 80.000 vacas leiteiras, a maioria delas em sua fase produtiva, foram abatidas ou vendidas porque seus produtores não puderam sustentar a atividade leiteira.

No âmbito da assembléia anual do grêmio, ele disse que os criadores de gado e suas organizações estão com pressa e conscientes de que é preciso agir diante de uma situação sem precedentes, já que antes, ao passar por rodovias, estradas e brechas, e estábulos ou currais de engorda eram localizados, e agora em um grande número de casos, o que se vê são plantações de culturas de agave e outros produtos muito rentáveis.

Pela mesma razão, a situação atual do campo deve ser um alerta para os governos e a sociedade, já que se as coisas continuarem como estão, não será possível manter as posições de liderança que a Jalisco tradicionalmente alcançou na produção de carne, leite e outros alimentos básicos, especialmente porque nos últimos anos a área de milho que antes era cultivada também foi tirada.

Ele acrescentou que, no caso do milho, espera-se uma menor produção, pois não haverá acesso a fertilizantes, devido ao grande aumento de seu custo, como resultado do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

A propósito, este momento crítico para certos setores do campo de Jalisco chega num momento em que um nativo de Jalisco é o chefe da carteira agrícola federal: o agrônomo de Chapingo, Víctor Manuel Villalobos Arámbula.

Agostaderos estão se tornando “mesas de bilhar”.

Velasco Antillón reconhece que a produção de tequila é legítima, assim como a produção de culturas de exportação, “mas não é aceitável fazê-la a qualquer custo, assim como o desmatamento e a destruição dos agostaderos”.

Ele explicou que os plantadores de agave ou abacateiro não estão indo bem em terras de encosta, “onde estão usando bulldozers ou tratores D6, que junto com o uso de certos herbicidas deixam a terra parecendo mesas de bilhar”, como já foi comprovado por vários órgãos oficiais envolvidos no desenvolvimento rural e na proteção ambiental.

Ele também mencionou que, diante da investida econômica dos promotores de culturas, como no caso do agave, os fazendeiros optaram por alugar suas terras e receber entre 12 e 15.000 pesos por hectare por ano, como é o caso dos aluguéis para plantações de mezcal azul.

O FATO DE QUE AS VACAS LEITEIRAS

Segundo números oficiais publicados pelo Governo Federal, o campo de Jalisco confirmou sua liderança nacional contribuindo com 41 milhões 254.873 toneladas de alimentos nos setores agrícola, pecuário e pesqueiro. Esta quantidade representa 14% da produção nacional de 294,5 milhões de toneladas, nas estatísticas a Jalisco é líder na produção de leite com 2,7 milhões de toneladas. E o segundo lugar na produção de carne bovina com 249.000 toneladas.

É o estado líder em milho no ciclo da estação chuvosa.

 

Traduzido com DeepL

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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