Principal exposição agropecuária do setor leiteiro, a Megaleite 2022 – Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite – vai movimentar cerca de R$ 8 milhões com o evento e os leilões, superando em 60% os resultados da última edição. 
Vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant, no evento Megaleite 2022 | Crédito: Michelle Valverde/Diário do Comércio

As atrações começam hoje (15) e vão até o dia 18 de junho, reunindo no Parque Bolívar de Andrade (Parque da Gameleira), em Belo Horizonte, mais de 1.300 animais das principais raças leiteiras.

Organizada pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando (Girolando), o evento é considerado uma vitrine genética, de tecnologias, de capacitação e de oportunidades de investimentos.

Mesmo a produção de leite enfrentando um cenário desfavorável, com alta dos insumos e preços aquém do necessário para garantir margem de lucro, a tendência é que os produtores mantenham os investimentos no rebanho. Melhorar a genética é considerado essencial para o ganho em produtividade e eficiência.

“O produtor entende que precisam ser feitos investimentos. Apesar do cenário atual, de queda de produção e das margens, há demanda pelo leite, precisamos produzir e precisamos das vacas para tirar o leite. Então, apesar do momento, é importante investir, acreditar no setor, na raça e dar continuidade à atividade”, disse o presidente da Girolando, Odilon de Rezende Barbosa Filho.  

No Parque da Gameleira, estão reunidos os melhores animais das principais raças leiteiras do País, dentre elas os animais Girolando, Gir Leiteiro, Guzerá e Guzolando, Jersey e Simental.

Ainda segundo Rezende, nos pavilhões da Megaleite, produtores terão acesso às inovações e tecnologias voltadas para as raças leiteiras. Também estão reunidos no Parque fornecedores de insumos para a atividade.

Há ainda eventos de capacitação e atualização.

“Com orgulho, anuncio que Belo Horizonte se transforma na capital nacional do leite, com participação dos produtores rurais, da população urbana e visitantes de vários países. Depois de dois anos de pandemia, retomar o evento presencial é uma vitória. Tivemos que vencer muitos desafios. Mas, tempos difíceis geram pessoas fortes. Inovamos com a pecuária leiteira, levando tecnologia ao campo e avançando na raça”, explicou Rezende.

Durante a abertura do evento, gerente de captação e fomento da Embaré, Yago Sartori Galoti da Silveira, destacou que a feira é uma oportunidade para que os produtores tenham acesso à melhor genética das raças, inovações e tecnologias.

“Na Megaleite, o produtor vai encontrar tecnologia e inovação para aumentar a produtividade e a qualidade do leite, o que é importante para reverter o quadro grave que o setor enfrenta”.

Segundo Silveira, apesar do setor leiteiro ter apresentado alta de 2% na produção ao longo de 2020, desde o ano passado, vem enfrentando um cenário desafiador, que já gerou queda de 10% na produção de leite ao longo do primeiro trimestre de 2022. A alta dos custos e os preços aquém do necessário para  manter a lucratividade são os principais desafios que têm feito os produtores abandonarem a atividade.

“Estamos muito preocupados com o setor. Aproveito o momento, com tantas autoridades reunidas, para ressaltar a importância do leite no País. A produção e a industrialização acontecem em praticamente todos os municípios. É um setor com grande capilaridade, que gera empregos e renda. Precisamos olhar o que está acontecendo e buscar alternativas para reverter”, disse o gerente da Embaré.

vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant, ressaltou a importância do setor e da realização do evento, que mostra toda a evolução da produção de leite e as tecnologias desenvolvidas. Ele também explicou que é importante que o governo e os representantes do setor busquem, juntos, soluções para a crise atual.

“O leite é fundamental, não só do ponto de vista econômico, mas também social. Minas Gerais tem 350 mil produtores de leite, que são fundamentais para o equilíbrio da nossa sociedade. Precisamos sentar, governo e representantes do setor, e buscar respostas para enfrentar o problema”.

A venda abaixo do custo de produção, o chamado dumping, está sob investigação no Ministério da Indústria e Comércio.

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