A média do Rio Grande do Sul fica em R$ 6 o litro nas prateleiras. Em Passo Fundo, no geral, o preço ainda não atingiu este patamar. A cidade tem a Italac e uma forte bacia leiteira.

Em entrevista na Uirapuru, o secretário-executivo do Sindicato dos Produtores de Leite do Estado (Sindilat), Darlan Palharini, afirmou que uma das questões que impactam no alto custo do leite é o reajuste constante do diesel, que aumenta o valor do transporte do produto até as cidades. Segundo Palharini, como Passo Fundo tem uma indústria na cidade, o preço do leite no município é menor do que em outras regiões, como a Serra ou em Teutônia, mas ainda está alto, se comparado a outras épocas. Além disso, ele também afirma que a região de Passo Fundo foi menos afetada pela estiagem com relação a outras regiões, o que ajuda nesta questão.

Conforme o secretário-executivo, as diferenças no preço de leite de região para região estão fazendo com que volte uma prática que por muito tempo o consumidor não tinha, que é a de pesquisar qual lugar está ofertando melhor o produto. Isso ocorre, segundo ele, porque existe uma diferença considerável dependendo a política de cada varejo ou comprador do leite.

Sobre o futuro, Palharini afirma que a tendência é de estabilidade no preço do leite. Reduzir é muito difícil, a não ser que seja resolvida toda uma questão dos insumos que fazem parte da dieta das vacas e também o custo das indústrias. Palharini também ressalta que a expectativa de todos é que não tenham mais situações caóticas envolvendo o preço do produto e que em breve todos possam se ajustar a realidade, tornando o valor do leite mais acessível para que o consumidor consiga manter o consumo.